Vamos terminar o campeonato com dignidade, afirma diretor
Com a derrota em casa, domingo passado, para o Independente de São José dos Pinhais, o Atlético de Paranavaí ficou com poucas chances de obter a vaga na divisão de elite.
O presidente do Conselho Deliberativo do clube, Francisco Carneiro dos Santos Soares (faz parte do Grupo Gestor) afirmou que o time vai terminar a Divisão de Acesso com dignidade.
Para subir, o Vermelhinho (tem um ponto em três jogos) terá de vencer os três compromissos restantes deste quadrangular e torcer para Cascavel CR (tem 9 pontos) perder seus três confrontos. E ainda torcer para Independente e Rolândia empatarem o confronto entre ambos.
“Enquanto há vida há esperança. Se a gente vencer o jogo em Rolândia e o Cascavel não vencer, continuamos vivos. Depois, se a gente vencer em São José dos Pinhais, vamos decidir aqui com o Cascavel”, analisa Soares.
A conta é simples, mas obter o resultado em campo é complicado. O Cascavel CR pode garantir a vaga no próximo domingo, bastando vencer seu compromisso em casa, contra o Independente, desde que o Rolândia não vença o Paranavaí.
AMEAÇA – Repercutiu nessa semana a súmula do árbitro João Paulo Romano Queiroz, relatando que o assistente Alessandro Michel de Oliveira Domiciano foi ameaçado de morte pelo lateral Maurim, do Paranavaí, logo após a marcação da penalidade que deu a vitória ao Independente por 2×1 em jogo disputado no domingo, no Estádio Waldemiro Wagner.
O atleta disse, segundo consta na súmula, que era membro do PCC. ‘Seu ladrão, safado, você tem que voltar esse pênalti, eu sou do PCC e vou colocar o revólver na sua boca e você vai sentir o gosto da bala’.
Francisco Carneiro dos Santos Soares diz que o clube contratou uma advogada em Curitiba para protocolar defesa no Tribunal de Justiça Desportiva. Segundo o dirigente, o lateral Maurim não mencionou “PCC” e sim “ACP”.
“Em nenhum momento ele falou PCC, ou em arma. Esta versão é que ele nos passou, inclusive nossos zagueiros ouviram”, falou Francisco Soares.
Em entrevista ao Diário do Noroeste, na segunda-feira, Maurim negou ter falado sobre PCC, reconhecendo, entretanto, que pode ter feito xingamentos. “De cabeça quente eu posso ter falado em revólver, mas PCC jamais”, disse Maurim.
PROBLEMAS – Outro assunto abordado por Francisco Soares é o que pode ser classificado de notícias falsas envolvendo o clube.
“Na cidade tem gente que já mandou o time inteiro embora, falaram que não tem número suficiente (de jogadores) para atuar em Rolândia. Não devemos ligar para estas conversas (boatos) porque quem sabe é nós que estamos aqui no dia a dia do time. Quem duvidar que venha aqui para conferir. Não teve dispensa e nem vai ter, iremos concluir o campeonato com o que temos”, falou o dirigente, sem especificar de onde partem os boatos.
O dirigente reconheceu atraso de parte do pagamento salarial. “Não foi pago, em parte. Apenas três atletas da base (ganham R$ 300,00 por mês) ficaram para receber quando o diretor financeiro Maurício retornar de São Paulo”.
SAMUEL – O lateral direito Samuel não treinou ontem. Ele torceu o tornozelo direito no jogo contra o Independente. “No segundo tempo eu tentei segurar a bola e recebi um chute no tornozelo. Estou acelerando o tratamento para atuar em Rolândia”, explicou o jogador.
KAIQUE – O meia Kaique chamou atenção da torcida nos primeiros jogos do Vermelhinho, mas depois não teve as mesmas atuações e enfrentou algumas contusões.
“Quero muito jogar, mas a vida do atleta é assim. Pelo fato de ser um esporte de alto rendimento, temos lesões que às vezes é grave. No meu caso não dá para saber por que, não temos um médico ou um fisioterapeuta, isso acaba atrasando o retorno aos treinos”.
O meia falou das chances de classificação. “Ainda temos chance de subir. É muito difícil, mas vamos brigar até o final”. Kaique confirmou contato para defender o time de São José dos Pinhais após terminar a Divisão de Acesso.