Alto índice de infestação pelo Aedes aegypti ainda preocupa
A chegada do outono, com temperaturas mais amenas, não diminuiu a preocupação em relação à dengue. É que os índices de infestação pelo Aedes aegypti, mosquito transmissor do vírus que causa a doença, continuam altos na maioria dos municípios do Noroeste do Paraná.
Segundo o chefe regional de Vigilância em Saúde, Walter Sordi Junior, o ciclo de reprodução do mosquito sofre interferência somente se houver frio mais intenso e por período prolongado. Condições de tempo como a atual não comprometem a proliferação.
A última atualização feita pela 14ª Regional de Saúde aponta que 24 municípios do Noroeste do Paraná estão com índice de infestação por Aedes aegypti acima do considerado tolerável pelo Ministério da Saúde, que é 1%. As situações mais graves passam de 6%.
Desde o início do ano já são 427 notificações de casos suspeitos de dengue. Desse total, 14 foram confirmados e 327 foram descartados. A diferença entre positivos e negativos é outra preocupação, porque significa que a doença que está afetando os pacientes não é identificada.
As confirmações de moradores com dengue foram em Amaporã (dois casos), Loanda (um caso), Paranavaí (nove casos) e Santa Isabel do Ivaí (dois casos). Até agora, apenas um vírus foi identificado a partir das análises laboratoriais, o tipo 1.
CRIADOUROS – Para completar o ciclo reprodutivo, o Aedes aegypti depende de uma combinação de fatores, entre os quais estão água parada e altas temperaturas.
As condições de tempo registradas nos municípios do Noroeste do Paraná nos últimos meses e a falta de conscientização dos moradores fazem com que o número de mosquitos circulando pela região cresça.
A referência aos hábitos da população é sobre o descarte de lixo em terrenos vazios, fundos de vale e margens de estradas, além da falta de limpeza em quintais e fundos de empresas. Calhas entupidas, caixas d’água destampadas e resíduos descobertos também são potenciais criadouros do Aedes aegypti.