Safra de cana 2017/18 apresenta números finais
Em seu primeiro relatório de safra de cana-de-açúcar no Paraná em 2018, divulgado no final da semana passada, a Alcopar (Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná) estimou uma produção total do ciclo 2017/18, que considera o seu término oficial no dia 31 deste mês, em 36,762 milhões de toneladas de matéria-prima.
A quantidade é 7,1% menor em comparação ao volume processado na safra anterior (2016/2017), de 39,392 milhões de toneladas.
NORTE E NOROESTE – O montante de cana representa o total realizado por mais de duas dezenas de indústrias do setor canavieiro, todas elas concentradas nas regiões noroeste e norte do Estado, onde atuam na produção de açúcar, etanol e outros itens e também na cogeração de energia elétrica.
REDUÇÃO – A menor produção de cana no comparativo com a anterior se deve a fatores de ordem climática e também ao declínio da produtividade dos canaviais – um dos efeitos diretos da prolongada crise que se instalou no segmento de uma década para cá.
Ainda em relação Ao ciclo 2017/18, as indústrias paranaenses totalizaram 2,9 milhões de toneladas de açúcar e 1,2 bilhão de litros de etanol, quantidades respectivamente 3,9% e 5,4% menores no comparativo com o ano passado.
RECOMEÇANDO – De acordo com a entidade, uma das indústrias já deu início ao novo ciclo 2018/19, que vai até março do ano que vem, enquanto as demais estão finalizando preparativos para a retomada da operação.
OTIMISMO – O presidente da Alcopar, Miguel Rubens Tranin, comenta que o reinício da temporada do setor canavieiro é marcado por expectativas e algum otimismo. A aprovação, no final de 2017, do Renovabio, trouxe um novo alento.
O RenovaBio é uma política de Estado que objetiva traçar uma estratégia conjunta para reconhecer o papel estratégico de todos os tipos de biocombustíveis na matriz energética brasileira, tanto para a segurança energética quanto para mitigação de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa.
AGREGA – “O setor da cana-de-açúcar agrega muito à economia do Paraná e do país”, afirma Tranin, citando como exemplos a geração de postos de trabalho – cerca de 40 mil diretos e mais de 100 mil indiretos só no Estado – e o papel das indústrias como agentes decisivos do desenvolvimento econômico e social, bem como à preservação do meio ambiente, nas regiões onde atuam.