Morre o cientista mais popular do mundo
O reconhecido físico britânico Stephen William Hawking morreu nesta quarta-feira, aos 76 anos, anunciaram seus filhos em um comunicado. Hawking, cujo livro "Uma Breve História do Tempo", lançado em 1988, se tornou um best-seller e o levou ao estrelato, dedicou a vida a desvendar os mistérios do universo.
Era o cientista mais popular desde Einstein.
Suas ideias brilhantes e sua genialidade renderam fãs em todos os segmentos, muito além da astrofísica, e ele chegou a ser comparado com Albert Einstein e Isaac Newton. Hawking faleceu tranquilamente em sua casa na cidade britânica de Cambridge, na madrugada desta quarta-feira.
Hawking desafiou as previsões dos médicos, que lhe deram uma expectativa de vida de apenas alguns anos depois que ele foi diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA) aos 21 anos, doença que ataca os neurônios responsáveis por controlar os movimentos voluntários e que o deixou em uma cadeira de rodas.
A doença o deixou progressivamente paralisado, ao ponto de conseguir comunicar-se apenas com a ajuda de um computador que interpretava seus gestos faciais.
Nascido em 8 de janeiro de 1942, tornou-se um dos cientistas mais conhecidos do mundo e entrou para o panteão dos titãs da ciência.
Grande parte de seu trabalho se concentrou em unir a relatividade (a natureza do espaço e do tempo) e a teoria quântica (a física do menor) para explicar a criação e o funcionamento do cosmos.
Sua popularidade o levou a fazer participações em séries de televisão como "Star Trek" e "The Simpsons" e sua voz apareceu em canções do grupo Pink Floyd.
Hawking se casou em 1965 com Jane Wilde, com quem teve três filhos. Sua história de amor foi contada no filme "A Teoria de Tudo" (2014), pelo qual o britânico Eddie Redmayne venceu o Oscar por sua interpretação do astrofísico.
O casal se separou após 25 anos e o cientista se casou com a ex-enfermeira Elaine Mason, de quem se divorciou em 2006 em meio a boatos de maus-tratos, que ele negou. Hawking se tornou aos 32 anos um dos membros mais jovens da instituição científica de maior prestígio do Reino Unido, a Royal Society. Em 1979 foi nomeado titular da prestigiosa Cátedra Lucasiana da Universidade de Cambridge, centro ao qual chegou procedente da Universidade de Oxford para estudar Astronomia Teórica e Cosmologia.
(* AFP)