Falta um projeto nacional

 

Estamos a poucos meses das convenções que indicarão os candidatos às eleições nacionais de 2018. Infelizmente, a discussão de um projeto de desenvolvimento para o Brasil não existe.

As poucas ações neste sentido são deixadas em segundo plano pelos

pré-candidatos e governantes, alguns tendo que se defender de graves acusações. 

O país, imerso em um universo de problemas que assolam a vida das pessoas, assiste atônito a um festival de más notícias sobre corrupção, desemprego, violência, aumento da criminalidade, falta de investimentos produtivos. Boas perspectivas não existem e a população desacredita no futuro da democracia, alguns propondo o retorno da ditadura.

Temos que levar o debate ao plano que interessa às pessoas. Um país jovem como o nosso tem condições de superar esta fase difícil e retomar o desenvolvimento, que é o único caminho para dar um futuro melhor a uma geração de brasileiros que estão chegando ao mercado de trabalho, iniciando sua vida profissional.

Deixar os mal feitos a encargo dos órgãos competentes e retomar a discussão democrática sobre os rumos do futuro se faz urgente e necessário, sob pena de assistirmos uma eleição recheada de acusações e estéril de propostas.

O remédio para os males da democracia é mais democracia. As eleições serão o divisor de águas que trará novos representantes ou referendará aqueles que os eleitores julgam necessários para seguir adiante. Uma ampla renovação se desenha no horizonte, trazendo de volta a esperança.

Mas temos que iniciar rapidamente a discussão de um  projeto nacional que contemple a aspiração da maioria do povo, sob pena de assistirmos a falência total deste regime de governo, podendo conduzir ao caos social, cujas consequências serão inimagináveis.

O Brasil é maior que o buraco que estão tentando nos enfiar, mas as bordas do limite da paciência da população estão se deteriorando rapidamente. Urge um projeto que viabilize as candidaturas, especialmente a presidência, sob pena de nos lançarmos em uma aventura radical cujas consequências poderão ser desastrosas.