Monitoramento da tornozeleira eletrônica confirma suspeito na cena do crime

A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o duplo homicídio no Jardim Morumbi, em Paranavaí, ocorrido dia 2 de novembro. Nesta ação criminosa morreram a tiros um homem de 27 anos e a filha dele, de apenas 4 anos. O suspeito usava tornozeleira eletrônica e o monitoramento confirma que ele estava no local quando o crime aconteceu. O suspeito nega a autoria.
A movimentação do suspeito foi fornecida mediante solicitação à Central de Monitoramento Eletrônico, confirmando a presença no dia e hora das execuções.
Ainda para cruzar as informações, a Polícia Civil confrontou o horário da chamada do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para socorrer as vítimas. Esse cruzamento revelou que o pedido de socorro foi feito três minutos após a indicação do sinal da tornozeleira na residência.
Com isso, elimina-se qualquer dúvida quanto a participação, entende o delegado Vagner dos Santos Malaquias, que chefiou as investigações.
Com o inquérito concluído, o suspeito, já preso por mandado de prisão preventiva, fica à disposição do Poder Judiciário. Ele pode ser condenado a pena de 12 a 30 anos de prisão para cada assassinato.   
O PRESO – O suspeito, 27 anos, foi preso no dia 22 de novembro em Garopaba, litoral de Santa Catarina, onde se escondia em casa de familiares. Pouco depois do crime ele retirou a tornozeleira eletrônica que usava desde que deixou a prisão, meses antes, por envolvimento em outro assassinato.
De volta a Paranavaí com escolta da Polícia Civil, o homem prestou depoimento e negou a autoria dos crimes. No entanto, como revela o delegado Malaquias, o suspeito entrou diversas vezes em contradição, enfraquecendo a sua versão.
O CRIME – Conforme as informações da única testemunha do crime (mãe da vítima de apenas 4 anos), o atirador chegou na casa e entrou, perguntando pelo seu marido. Na sequência, atirou no pai e na filha, que estava no colo.
A menina chegou a ser socorrida, mas morreu antes de chegar ao hospital. O homem morreu ainda no local, depois de caminhar até o quintal.
O crime despertou indignação por não poupar uma criança. Na época, a hipótese mais provável era de que teria morrido “por acidente”, já que a intenção seria matar o pai. Como o suspeito nega, não fica clara a motivação. Seria uma espécie de acerto de contas.