Alta no preço da arroba é a maior para o mês em 21 anos
SÃO PAULO – A oferta de animais para abate segue restrita nas regiões pesquisadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, cenário que vem impulsionando os preços do boi gordo há algumas semanas.
Na parcial de agosto (até o dia 24), a elevação do Indicador ESALQ/BM&FBovespa é de expressivos 10,87%. Esta alta é a maior para o mês da série histórica do Cepea, iniciada em 1997.
Considerando-se agosto, em 21 anos, incluindo 2017, a variação média é de 1,56%, muito abaixo do observado neste ano.
MOTIVOS PARA A ELEVAÇÃO – O avanço dos preços do boi gordo em praticamente todas as praças é justificado pelo fato de que aproximadamente 90% do abate anual brasileiro é de animais engordados a pasto.
Com a intensificação da seca, praticamente não há mais animais de pasto e a cadeia vive o período da “entressafra”. Além disso, a principal indústria retomou as compras e outras plantas reabriram nos últimos meses. Com isso, o preenchimento das escalas de abate tem sido mais difícil pelo aumento da competição entre as próprias indústrias por matéria-prima.
Na região de Paranavaí, a arroba do boi gordo estava a R$ 138,00 nesta sexta-feira, informou a Seab/Deral.