Atl. de Paranavaí pode fechar as portas, admite dirigente
A crise no Atlético de Paranavaí toma proporções enormes, a ponto de um dirigente acenar com a possibilidade do clube fechar as portas. Para o presidente em exercício do Conselho Deliberativo, Francisco Carneiro dos Santos Soares, a situação está insustentável, com atraso no pagamento do salário, falta de recursos para viagens e até falta de mantimentos no refeitório.
O Vermelhinho mantém os times Sub-19 e Sub-23 no Estadual e os atletas fazem a refeição na República. “Não estamos aguentando mais, não temos de onde tirar dinheiro”, reagiu Francisco Carneiro.
Anteontem à noite, integrantes do grupo gestor, ligado ao Conselho Deliberativo, decidiu convocar eleição para escolha do novo presidente da diretoria executiva para assumir “em caráter de urgência”, num prazo de 10 dias.
Documento distribuído pelo Conselho Deliberativo ressalta: o presidente tem de ser morador no município de Paranavaí. Há especulação da existência de um grupo interessado na administração do clube, mas o Conselho diz não haver nada de concreto.
“Falavam que não assumiam o time por causa do investidor, depois o problema seria eu e a Leila (Maria Leila Lucas de Lima). Então colocamos nosso cargo à disposição e ninguém apareceu”, frisou o dirigente que, igualmente, não tem informações sobre quem está à frente desse possível grupo interessado em assumir o clube. “Pra mim ninguém falou nada, ninguém me procurou”.
Francisco Carneiro admite a possibilidade do fechamento do clube. “Vai ser difícil tocar o clube se não aparecer ninguém. Não digo que vai fechar as portas, mas tem possibilidade disso ocorrer”.
Querendo ser otimista, o dirigente acredita na escolha do novo presidente da Executiva. E lembra: se o time se afastar dos campeonatos, só retorna depois de três anos, volta na terceira divisão, além de ter de pagar uma multa de R$ 100 mil.
PARCERIA – Francisco Carneiro dos Santos Soares voltou a confirmar o rompimento do contrato com o investidor André Astorga, que não teria cumprido com suas obrigações, no caso o pagamento do salário. O atraso de 3 meses ocasionou o rompimento. Segundo o dirigente, o investidor foi notificado e não aparece no clube há 71 dias.