Mantido preso, acusado nega autoria de homicídio

Em depoimento, o homem acusado de ter matado Marcio Antônio de Paulo, 39 anos, negou a autoria do crime. O assassinato aconteceu na madrugada do último domingo (20) em um bar no Jardim Morumbi, em Paranavaí.
Na tarde de ontem o suspeito foi ouvido no Fórum e novamente negou os fatos. Mesmo assim, teve o flagrante convertido em prisão preventiva em função dos “maus antecedentes e para preservar a ordem pública”.
O delegado operacional, Vagner dos Santos Malaquias, afirmou que já possui elementos suficientes que comprovam a autoria. As investigações iniciais apontam que o acusado teria furtado a bicicleta da vítima, o que gerou uma desavença entre eles.
“O acusado tem cabelo pintado de amarelo, é branco e usava uma bermuda verde. A mesma descrição feita por testemunhas sobre o autor do crime. Além disso, a roupa dele estava suja de sangue. O suspeito apresentava um corte na mão e a versão narrada não tem coerência”, explicou Malaquias.
O HOMICÍDIO – A Polícia Militar foi acionada por volta das 2h35 de domingo para atender a ocorrência em um bar localizado na Avenida Gabriel Esperidião. Os policiais encontraram a vítima sem vida com uma faca cravada na cabeça.
Apesar de diversas pessoas estarem no bar, poucas relataram algo relevante para a investigação. O acusado foi preso a 600 metros do local do crime. O cabelo pintado de amarelo e a bermuda verde descritos por testemunhas chamaram a atenção dos policiais.
Ao ter o nome verificado, o rapaz de 26 anos mentiu sobre sua identidade, informando o nome de um irmão. Além disso, ele também tinha manchas de sangue no sapato, roupas e corpo. Após revelar o nome verdadeiro foi descoberto que o mesmo possuía uma ordem de prisão por assalto.
Sobre o crime, o preso informou que estava no bar sentado em uma mesa com duas mulheres e um conhecido. Instante antes do crime teria se levantado para ir ao banheiro e ao voltar não encontrou mais ninguém na mesa porque já tinha acontecido o assassinato.
Sobre as manchas de sangue, disse que realmente era da vítima. Informou que conhecia Paulo desde a infância e ao vê-lo esfaqueado foi tentar socorrer. Na delegacia, chegou a dizer que a vítima deu o último suspiro em suas mãos.
Nos próximos dias três mulheres e um homem serão intimados para prestar depoimento. Apesar da quantidade de pessoas que estavam no local, a lei do silêncio está prevalecendo.
“Com a prisão do acusado acredito que as pessoas não ficarão com medo e irão contar a verdade sobre o que de fato aconteceu na noite do homicídio”, afirmou Malaquias.
No ano de 2017 a Polícia Civil instaurou quatro inquéritos de homicídios e um de latrocínio. Os outros três homicídios tinham relação com o uso de drogas e os autores já foram identificados. O delegado acredita que a morte registrada no Jardim Morumbi na madrugada de domingo não tenha relação com o consumo ou comercialização de drogas.