A briga dos “3 mais”
Ayrton Baptista*
Burocraticamente está tudo certo na justiça eleitoral com o registro das chapas para a disputa do Governo do Estado. Embora ainda se tenha tempo para substituições de uma ou outra candidatura, não se espera que haja modificações. Pode-se dizer – quem registrou, registrou, quem não registrou não registra mais.
Agora, em termos puramente eleitorais, além do “que vença o melhor”, há considerações a serem feitas. Temos, obviamente, três candidaturas mais fortes, capazes de uma deles superar as duas outras, seja no primeiro ou, como mais provável, no segundo turno.
Para o primeiro tempo, Beto Richa e Roberto Requião armaram-se bem com as atuais deputadas federais, Cida Borghetti e Rosane Ferreira.
Já a senadora Gleisi Hoffman, comandando a chapa do PT, não precisou procurar uma mulher para formar a dupla, ficou com o PDT e o PCdoB. Chapa fraca. Os candidatos indicados para a vice e o Senado, vamos convir, não têm a representatividade esperada para ajudar a candidata petista.
A senadora pode derrotar Beto e Requião. Mas, para tanto, será necessário que Lula venha com frequência ao Paraná, traga junto o seu carisma e a linguagem que o identifica tanto com o eleitorado. Caso contrário, e havendo segundo turno, não será difícil acreditar-se que Beto e Requião, no segundo, farão uma disputa acirrada e que só não lembrará as eleições de 1990, porque o pai de Beto, José Richa, não passou do primeiro turno.
E nisso tudo, quem era azarão pode virar o jogo. Fala-se de Roberto Requião, pouco acreditado em chegar ao pleito e tentar o seu quarto mandato de governador. Não só superou os problemas do seu PMDB, como ainda tem a expectativa de reunir as principais lideranças e apaziguar o “velho de guerra”.
A senadora Gleisi não deverá contar muito com a presidente Dilma Rousseff. Ela, além de ter de cuidar da sua própria candidatura, sabe que o Paraná, como o sul até São Paulo e Minas Gerais não são de verdade, seu chão preferido. Estivéssemos no nordeste e no norte, ela, a presidente, poderia muito bem influir mais na eleição.
Requião, por sua vez, sabe que contará apenas com suas forças e de seus amigos e companheiros do Paraná. A cúpula do seu partido, em Brasília, torce a nível nacional por Dilma, ainda que já se manifestem os descontentes e seja visível a formação de dissidências. Dependendo das pesquisas, essas dissidências poderão aumentar. A política brasileira, sabemos todos, é feita e muito do “Primeiro, eu”.
O governador Beto Richa, com a chave do cofre, com a mocidade que esbanja e o poder eleitoral que o cerca, pode também lá ter seus problemas. Aceitou o apoio do candidato do PDT, ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Em principio, terá duas candidaturas nacionais com ele – Aécio e Campos. Será?
O PSDB nacional, Aécio, Serra e demais lideranças, como se comportarão diante de uma situação em que o companheiro do Paraná fica entre duas importantes candidaturas, ambas da oposição, onde Aécio queria, sem dúvida, uma definição mais objetiva do governante paranaense.
Cedo, ainda, para tais considerações? Sim, mas é dessa forma que se apresentam os candidatos e marcham seus partidos para a eleição.
Richa não pode perder, pois é o atual governador.
Requião, tão ardiloso, um currículo brilhante de vitórias e de ocupação do espaço, também não pode perder.
Gleisi, com Dilma e Lula, mais o forte PT, não pode simplesmente continuar no Senado. Pelo menos nos próximos quatro anos. Quer é ficar no Paraná, dirigindo a todos bem acentada no Palácio Iguaçu. Sabe que teria que ser ela ou ela, a candidata.
Seja como for, foi dada a partida oficialmente. Agora, cada um dará seus passos segundo os seus esquemas. Que estes sejam palatáveis.
Burocraticamente está tudo certo na justiça eleitoral com o registro das chapas para a disputa do Governo do Estado. Embora ainda se tenha tempo para substituições de uma ou outra candidatura, não se espera que haja modificações. Pode-se dizer – quem registrou, registrou, quem não registrou não registra mais.
Agora, em termos puramente eleitorais, além do “que vença o melhor”, há considerações a serem feitas. Temos, obviamente, três candidaturas mais fortes, capazes de uma deles superar as duas outras, seja no primeiro ou, como mais provável, no segundo turno.
Para o primeiro tempo, Beto Richa e Roberto Requião armaram-se bem com as atuais deputadas federais, Cida Borghetti e Rosane Ferreira.
Já a senadora Gleisi Hoffman, comandando a chapa do PT, não precisou procurar uma mulher para formar a dupla, ficou com o PDT e o PCdoB. Chapa fraca. Os candidatos indicados para a vice e o Senado, vamos convir, não têm a representatividade esperada para ajudar a candidata petista.
A senadora pode derrotar Beto e Requião. Mas, para tanto, será necessário que Lula venha com frequência ao Paraná, traga junto o seu carisma e a linguagem que o identifica tanto com o eleitorado. Caso contrário, e havendo segundo turno, não será difícil acreditar-se que Beto e Requião, no segundo, farão uma disputa acirrada e que só não lembrará as eleições de 1990, porque o pai de Beto, José Richa, não passou do primeiro turno.
E nisso tudo, quem era azarão pode virar o jogo. Fala-se de Roberto Requião, pouco acreditado em chegar ao pleito e tentar o seu quarto mandato de governador. Não só superou os problemas do seu PMDB, como ainda tem a expectativa de reunir as principais lideranças e apaziguar o “velho de guerra”.
A senadora Gleisi não deverá contar muito com a presidente Dilma Rousseff. Ela, além de ter de cuidar da sua própria candidatura, sabe que o Paraná, como o sul até São Paulo e Minas Gerais não são de verdade, seu chão preferido. Estivéssemos no nordeste e no norte, ela, a presidente, poderia muito bem influir mais na eleição.
Requião, por sua vez, sabe que contará apenas com suas forças e de seus amigos e companheiros do Paraná. A cúpula do seu partido, em Brasília, torce a nível nacional por Dilma, ainda que já se manifestem os descontentes e seja visível a formação de dissidências. Dependendo das pesquisas, essas dissidências poderão aumentar. A política brasileira, sabemos todos, é feita e muito do “Primeiro, eu”.
O governador Beto Richa, com a chave do cofre, com a mocidade que esbanja e o poder eleitoral que o cerca, pode também lá ter seus problemas. Aceitou o apoio do candidato do PDT, ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Em principio, terá duas candidaturas nacionais com ele – Aécio e Campos. Será?
O PSDB nacional, Aécio, Serra e demais lideranças, como se comportarão diante de uma situação em que o companheiro do Paraná fica entre duas importantes candidaturas, ambas da oposição, onde Aécio queria, sem dúvida, uma definição mais objetiva do governante paranaense.
Cedo, ainda, para tais considerações? Sim, mas é dessa forma que se apresentam os candidatos e marcham seus partidos para a eleição.
Richa não pode perder, pois é o atual governador.
Requião, tão ardiloso, um currículo brilhante de vitórias e de ocupação do espaço, também não pode perder.
Gleisi, com Dilma e Lula, mais o forte PT, não pode simplesmente continuar no Senado. Pelo menos nos próximos quatro anos. Quer é ficar no Paraná, dirigindo a todos bem acentada no Palácio Iguaçu. Sabe que teria que ser ela ou ela, a candidata.
Seja como for, foi dada a partida oficialmente. Agora, cada um dará seus passos segundo os seus esquemas. Que estes sejam palatáveis.