A economia não espera a agenda política
Observando o que está acontecendo no país fica claro o título deste texto. O Congresso Nacional, em uma ação intempestiva mais política que racional, devolveu uma medida provisória ao governo, cujo objetivo era de restabelecer o equilíbrio fiscal.
Esta atitude fez os índices econômicos desabarem rapidamente, podendo levar ao rebaixamento da classificação do risco país, com sérias consequências negativas para o nosso futuro.
Perderemos todos se a condição fiscal do governo não se equilibrar. O preço a ser pago será a volta da inflação, o desemprego e a recessão. Nenhuma pessoa sensata, que tenha vivido e acompanhado as décadas de 80/90, deseja que isto volte a acontecer.
É fácil e populista flertar com a hipótese de continuar tudo como está para ver como fica, mas a realidade econômica vai se impor, conduzindo o país ao desastre que pode vitimar todos nós de alguma forma.
O ministro Levy foi muito feliz quando disse que o objetivo das medidas propostas é que o Brasil volte a crescer rapidamente. Basta ser administrador de um simples orçamento doméstico para saber que gastar mais do que se ganha leva rapidamente à insolvência a família, uma empresa, um estado ou o país.
Da mesma forma, respeitada a proporcionalidade, os municípios devem buscar o equilíbrio financeiro de forma a conservar a maior quantidade e qualidade dos serviços prestados à população.
Gostaria de não ter que lidar com esta nova realidade que se impôs após o processo eleitoral. Já me preparava para um período alegre de fim do mandato com muitas inaugurações de obras e comemoração de várias conquistas.
Mas como meu espírito não é de se dobrar a eventuais dificuldades, estou ajustando o rumo para que não tenhamos que sofrer mais do que o necessário, cruzando a tormenta sem muitas perdas a lamentar.
A agenda política deve dar espaço às medidas pontuais que permitam ajustar os orçamentos e trazer de volta o crescimento com a devida justiça social que o Brasil precisa.