A esperança como companheira
Rogério J. Lorenzetti*
Sempre busquei servir da melhor maneira meus semelhantes. Desde jovem participo de entidades como voluntário. Acredito em um país melhor, mais solidário.
Porém esta construção não é fácil, e não existem fórmulas prontas. A formação cultural, valores familiares, educação e outras variáveis impactam nesta condição. Somos um país jovem e temos muitos problemas a serem resolvidos, mas nossa população, de diversas origens, é aberta a mudanças, necessárias para melhorias na nossa sociedade.
Uma das principais condições para sairmos desta crise, cuja origem se divide entre a política, gestão pública e corrupção, somadas a outros fatores, é a credibilidade dos governos instalados. São urgentes uma série de reformas de ordem econômica, social e política cujos remédios, alguns amargos, serão necessários para que o país retorne aos trilhos do desenvolvimento.
Não podemos continuar com este número elevado de partidos, mais de cinquenta, segundo avaliações da imprensa, além de necessitarmos de regras mais estáveis para as eleições e o exercício dos mandatos. A judicialização constante traz insegurança ao exercício da atividade política. O número excessivo de partidos faz com que as eleições sejam um verdadeiro labirinto para os eleitores.
Uma reforma política que preserve o que temos de bom no sistema, mas que busque simplificar as eleições, definir formas claras de financiamento para as campanhas, dar aos mandatos, principalmente aos executivos, o tempo necessário e compatível com as regras burocráticas da administração pública, seria muito apropriada para este momento.
Além dessa, uma reforma administrativa, econômica e fiscal que traga uma nova distribuição dos impostos, destinando uma parcela maior dos mesmos ao ente federado mais próximo do cidadão, que é o município. Diminuir o número e o percentual de impostos a serem pagos, facilitando a vida das empresas e demais contribuintes.
Buscar formas de gestão mais eficientes, valorizando e profissionalizando a administração pública, de forma a usar bem os recursos disponíveis.
Definir o tamanho de estado que cabe no orçamento brasileiro, evitando o desequilíbrio fiscal, um dos fatores determinantes para os augúrios que estamos presenciando na maioria dos estados e municípios do país.
Enfim valorizar e dar segurança ao grande número de trabalhadores, produtores rurais, empresários e demais pessoas, dos quais o Brasil precisa para que possamos viver em paz, construindo uma sociedade próspera que possibilite à população ter esperança em um futuro promissor, para a nossa e as futuras gerações.
*Rogério J. Lorenzetti, ex-prefeito de Paranavaí, período 2009/16