A importância da inclusão do surdo na rede de ensino e na sociedade

Hoje é comemorado o Dia Nacional do Surdo. Para marcar a data, professores e um grupo de estudantes surdos da Escola Noêmia Ribeiro do Amaral, de Paranavaí, fizeram uma visita ao Diário do Noroeste. Deixaram a mensagem da inclusão na rede de ensino e também na sociedade.  
A estimativa é de que na cidade existam cerca de 80 pessoas surdas. Pelo menos quatro estão fazendo curso superior. A Unidade Polo atende 12 alunos, enquanto o CEBJA (educação de jovens e adultos) tem 12 matriculados.
Dentre os surdos estão sete crianças que estudam na Escola Municipal Noêmia Ribeiro do Amaral. Na visita ao DN elas foram recebidas pelo diretor Euclides Bogoni. De tempo integral, a escola oferece intérprete para as aulas. Os alunos recebem ainda o reforço do CAES – Centro de Atendimento Especializado – área de surdez.
Com a presença dos surdos, os ouvintes são estimulados a aprender a linguagem de sinais. Essa é a forma mais atual de comunicação com os surdos, já que se trata de uma língua, como explica a diretora Márcia Maria Moreira Lopes.
Professora do CAES, Renata Amaral Valim detalha que o desafio é divulgar e expandir a língua de sinais. Com isso, haverá o esperado avanço na inclusão dos surdos, analisa. É uma linguagem que precisa da prática, ou seja, que se aperfeiçoa treinando. Um caminho é ofertar cada vez mais cursos para preparar a comunidade.
Para os surdos, o português torna-se uma segunda língua, como explica a professora Greyce Adriano Fernando, que também participou da visita ao DN.
HISTÓRIA – A Comunidade Surda Brasileira comemora em 26 de setembro, o Dia Nacional do Surdo, data em que são relembradas as lutas históricas por melhores condições de vida, trabalho, educação, saúde, dignidade e cidadania.  
A Federação Mundial dos Surdos já celebra o Dia do Surdo internacionalmente a cada 30 de setembro. No Brasil, o dia 26 de setembro é celebrado devido ao fato desta data lembrar a inauguração da primeira escola para surdos no país em 1857, com o nome de Instituto Nacional de Surdos Mudos do Rio de Janeiro, atual INES – Instituto Nacional de Educação de Surdos.
A abertura da escola aconteceu, portanto, durante o Império de D. Pedro II, quando o professor francês Hernest Huet fundou, com o apoio do imperador, o Imperial Instituto de Surdos Mudos (1857). Huet era surdo. Na época, o instituto era um asilo, onde só eram aceitos surdos do sexo masculino. Eles vinham de todos os pontos do país e muitos eram abandonados pelas famílias. (Fonte: www.fcee.sc.gob.br)