A oportunidade do povo decidir
A partir desta quarta-feira, dia 20, até 5 de agosto, os partidos políticos realizarão as convenções municipais, de onde sairão os candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador que se submeterão à votação popular no dia 2 de outubro.
Até agora os pré-candidatos têm realizado as negociações políticas para, a partir do dia 16 de agosto, realizar a campanha onde pedirão voto.
Nos 45 dias que antecederão as eleições, toda a população será bombardeada por uma série de propostas daqueles que pretendem governar as cidades ou fazer parte da Câmara Municipal. Embora muitos não deem importância, o prefeito e o vereador são os políticos mais autênticos, pois exercem seus mandatos ao lado do povo e, com a força da representação, exercem influência sobre deputados, governador e até sobre o presidente da Republica.
É durante a campanha eleitoral que o candidato, com o objetivo de conquistar o nosso voto, nos apresenta suas propostas de trabalho. Cabe ao eleitor consciente analisar o que cada um promete, verificando se são realmente metas importantes para a cidade e seu povo e, principalmente, se são coisas possíveis de se realizar.
Também é fundamental conhecer o candidato, sua vida pessoal e comunitária, antes de decidir dar-lhe o voto. Com esses cuidados, é menos provável que o nosso escolhido venha nos decepcionar e levar a descrer da política, como tantos já fizeram.
Temos de entender que, na estrutura existente, o único momento em que o eleitor pode decidir sobre o destino da sua cidade é quando escolhe a quem dar o seu voto. Se escolher o errado, outra oportunidade só virá quatro anos depois.
Infelizmente, passamos por um momento difícil de nossa história política. A presidente da República sofre impeachment por cometimento de crime de responsabilidade, o governo e as empresas estatais estão abaladas pelos escândalos de corrupção, muitos parlamentares são envolvidos, e a população sofre as consequências dos desmandos, traduzidas no desemprego, maus serviços públicos, insegurança e outros problemas. E o povo, embora vá às ruas em protesto, mais não pode fazer.
Nesse momento em que as instituições da sociedade – notadamente o Congresso, Justiça, Ministério Público e Polícia Federal – buscam medidas para resolver os problemas nacionais, a população e chamada para as eleições municipais. Seria interessante que o eleitor aproveitasse o único momento em que pode interferir no processo, para fazer boas escolhas, dando às suas cidades prefeitos e vereadores efetivamente comprometidos com a causa pública e com o interesse da população.
Se, nós, os eleitores, tivemos competência para este ano escolher os melhores, teremos dado um grande passo para que o mesmo aconteça em 2018, quando seremos chamados a escolher presidente da República, governador do Estado, senador e deputados federais e estaduais. Parece difícil, mas o povo – se quiser – é capaz…
*Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)