A prioridade de Tite: fazer a seleção amar a bola

Foram apenas dois jogos, mas que já mostraram claramente a principal mudança na forma de jogar da seleção brasileira depois que Tite assumiu o comando da equipe no lugar de Dunga: voltar a amar a posse de bola.
Segundo a Footstats, nos jogos contra Equador e Colômbia, vitórias já sob a direção do ex-treinador corintiano, o Brasil teve média de 544 trocas de passes. Um salto enorme em relação aos seis primeiros jogos das eliminatórias, quando Dunga era o treinador. Nesses confrontos, a média de passes por partida ficou em 464.
Com mais trocas de bola, mais tempo ele ficou nos pés brasileiros. O time nacional foi disparado o com mais tempo de posse de bola por jogo: 17min10s. Antes, com Dunga, essa média era de 15min44s.
E básico: quando você domina a bola quase sempre cria mais chances e dá menos oportunidades aos adversários. Com Dunga, o Brasil tinha média de 12,7 finalizações por jogo. Com Tite, passou a ter 15,5 conclusões por partida.
A evolução defensiva foi muito maior. Com o antigo treinador, a seleção via, em média, os rivais finalizarem 10,7 vezes por partida. Sob o atual comando, foram apenas 5 finalizações sofridas por confronto.
Nos treinos da equipe nesta semana em Natal, onde o time nacional enfrenta na quinta-feira a Bolívia, Tite forçava os jogadores a trocarem muitos passes. E viu Fernandinho, treinado no clube por Guardiola, o mestre da posse de bola, dizer que seleção e City jogam de forma muito parecida.
Na vice-liderança das eliminatórias, o Brasil, depois do jogo contra a Bolívia, enfrenta a Venezuela, no próximo dia 11. Rivais frágeis que devem fazer a posse de bola aumentar ainda mais.

BRASIL X BOLÍVIA
DATA: HOJE
HORÁRIO: 21h45