Ação em Paranavaí ofereceu testes rápidos de HIV para a população
Dezembro começou com o Dia Mundial de Luta contra a Aids. Para marcar a ocasião, a equipe do Sistema Integrado de Atendimento à Saúde (Sinas) de Paranavaí, da Secretaria Municipal de Saúde, reuniu-se no centro da cidade e ofereceu testes gratuitos. O objetivo foi identificar pessoas com o vírus causador da doença, o HIV.
A coordenadora do Centro de Testagem e Aconselhamento do Sinas, Maísa Malu Duarte Garbin, disse que a ação se configurou como uma busca ativa aos portadores do vírus. É que o chamado teste rápido permite que, em poucos minutos, a presença do HIV no organismo seja identificada.
Em casos positivos, o paciente recebe orientações, é encaminhado para novas consultas e passa por outros exames. Por volta das 10 horas, quando a equipe do Diário do Noroeste esteve no local, nenhuma pessoa que fez o teste rápido tinha apresentado o HIV.
De acordo com a coordenadora do Centro de Testagem e Aconselhamento, quem não teve a oportunidade de se submeter ao exame no sábado deve ir até o Sinas durante a semana. Qualquer pessoa com mais de 12 anos de idade pode ser atendida. Basta levar um documento oficial com foto, não sendo necessário apresentar encaminhamento médico.
SERVIÇO – O Sinas de Paranavaí localiza-se na Rua Rio Grande do Norte, número 1.840, no centro da cidade. Os atendimentos são realizados de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30 e das 13 horas às 15h30, gratuitamente.
Ter HIV não significa, necessariamente, ter Aids
A coordenadora regional do Programa de Controle de ISTs, Maria da Penha Francisco, explicou que um paciente com a presença do HIV no organismo pode não apresentar os sintomas da Aids. É que o vírus demora alguns anos para começar a comprometer o sistema imunológico e dar os primeiros sinais da doença.
Por isso, todos os pacientes com exames positivos precisam fazer o tratamento. Ainda que o HIV não tenha se manifestado, está lá. Pode e deve ser combatido com os devidos medicamentos. Isso reduz os sintomas da doença e prolonga a expectativa de vida. “A terapia retarda a ação do vírus”, enfatizou Maria da Penha.
Outro fator apontado pela coordenadora do Programa de Controle de ISTs diz respeito à transmissão do vírus. O paciente que faz o tratamento correto tem menor chance de infectar outras pessoas, já que a carga de HIV no organismo diminui.
De qualquer maneira, ressaltou Maria da Penha, a melhor forma de controle é a prevenção. No caso das relações sexuais, o uso de camisinha é indispensável – seja para portadores do vírus, seja para quem não tem.
Vale destacar que a sigla IST significa Infecção Sexualmente Transmissível. Trata-se de uma modificação da nomenclatura utilizada anteriormente (Doença Sexualmente Transmissível), para demonstrar que o HIV não é a doença, mas o vírus que a provoca.