Ação policial tem prisões e apreensão de drogas

A polícia de Paranavaí realizou ontem uma etapa determinante na chamada Operação Jacó, de repressão ao tráfico de drogas e roubos, priorizando a região do Jardim Morumbi. Desde dezembro de 2015, quando o trabalho começou, foram 15 prisões de envolvidos e citados na operação, sendo 7 delas apenas na manhã desta sexta-feira.
Além disso, duas pessoas acabaram presas em flagrante na etapa de ontem por posse de drogas, caracterizando tráfico, elevando para 17 o saldo final de detenções.
O trabalho de ontem teve início nas primeiras horas da manhã com saída das equipes do Parque de Exposições Arthur da Costa e Silva, mobilizando 21 policiais civis de Paranavaí e região, além de 23 policiais militares e a equipe do canil, com cães farejadores de drogas.
A primeira parada foi no Jardim Morumbi e depois no Conjunto Habitacional Geraldo Felippe e posteriormente, dois endereços na zona rural e em Paraíso do Norte. Numa chácara próxima ao perímetro urbano foi localizada uma quantidade de maconha enterrada.
Uma das prisões não previstas por mandado aconteceu no Conjunto Habitacional. Um homem portava dois quilos de maconha. No Jardim Morumbi uma mulher tinha uma “bucha” de maconha e cocaína.
Ainda como saldo, a Polícia contabiliza a apreensão de telefones celulares com mensagens e até fotos comprovando o tráfico de drogas, além de utensílios para pesar cocaína. Foram apreendidas algumas peças de roupas novas, provavelmente levadas pelos autores dos furtos e trocadas por drogas.
DENTRO DA PENITENCIÁRIA – O delegado Luiz Carlos Mânica, chefe da 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí, disse que o líder dessa quadrilha comandava as ações criminosas de dentro da penitenciária, sendo apontado como membro de uma organização criminosa que atua no interior dos presídios.
No decorrer da operação, parte da quadrilha identificada foi presa, porém, ainda assim comandava à distância o tráfico de drogas e outras ações criminosas em Paranavaí.
O comando determinava até quem e onde poderiam ser comercializados os entorpecentes. Aliás, a operação foi batizada de “Jacó” por se tratar do nome de um dos líderes da facção criminosa, atualmente preso.
O delegado conta que, durante as investigações, devidamente fiscalizadas pelo Ministério Público e autorizadas pelo Poder Judiciário, foram identificadas diversas pessoas ligadas aos líderes.
Um desses líderes tem relação com um homicídio ocorrido em Paranavaí no dia 8 de setembro de 2009, tendo como vítima Natan Henrique de Almeida Araújo. Até então não tinha autoria conhecida.
Todo o trabalho durou sete meses, tendo como saldo a comprovação de envolvimento de vários integrantes da quadrilha com armas e drogas.
“A ação policial desta sexta-feira encerra a Operação Jacó. Contudo, nada impede a continuidade com outras fases se surgirem fatos novos  ou indícios da existência de  membros que ajudaram ou apoiaram o tráfico, roubo e homicídio”, pondera o delegado Luiz Carlos Mânica.
REFLEXOS – A ação coordenada, ponto culminante da operação, é uma resposta da Polícia para quem comercializa drogas em Paranavaí. Mânica entende que a droga é a mola propulsora para outros crimes, incluindo os pequenos furtos e assaltos comuns na cidade nos últimos meses. Com a retirada do traficante, analisa, pode ser quebrada tal sequência.
O delegado adverte que não foram encontrados tais objetos furtados e roubados, nem mesmo aparelhos celulares. No entanto, pensa ser possível relacionar esses crimes com o tráfico, uma vez que o viciado em drogas tenta “fazer dinheiro” para sustentar o vício.
Fios de cobre, por exemplo, podem não ser trocados com o traficante, mas, viram sucatas com valor comercial, e por consequência dinheiro, aí sim, objetivo final das quadrilhas.