Acordos multilaterais são estratégia para ampliar exportação de alimentos
O governo traçou a estratégia para elevar a participação do agronegócio brasileiro no comércio mundial. A negociação de acordos multilaterais que sobrepujam aprovações pelo Mercosul será o principal foco de atuação.
Segundo a ministra da Agricultura, Katia Abreu, os acordos sanitários e fitossanitários (SPS) serão os principais responsáveis por elevar a participação a 10% da comercialização de alimentos. Atualmente, o Brasil detém 7% do comércio.
"São negociações que podem gerar mais de R$ 20 bilhões de exportações anualmente", afima a ministra.
As negociações de SPS não precisam passar pelo Mercosul, pois não alteram tarifas ou cotas de importação ou exportações.
Esses acordos normatizam os produtos que podem exportados. Os principais importadores que são foco dessa atuação são China, Japão, União Europeia, México e Canadá.
Os acordos tarifários e de livre comércio também estão no centro dessa estratégia, mas recebem atenção menor.
As principais negociações em curso são com o México e com a União Europeia, que também possuem processos de acordos de SPS.
Na negociação com os países europeus, o Mercosul está envolvido, mas não no caso mexicano, pois o acordo existente, que está sendo reformulado, antecede a criação do bloco sul-americano.
Além deles, países menores no Oriente Médio e sudeste asiático também estão recebendo atenção -Filipinas, Indonésia e Tailândia. "São países menores, mas que juntos, a população representa um Brasil e meio, e que teremos menos dificuldades de negociar com o Mercosul", diz Katia Abreu.