ACP pede socorro para continuar representando Paranavaí

Na sexta-feira, 28, o Conselho Deliberativo do Atlético Clube Paranavaí se reuniu para definir a quebra do contrato com o diretor e investidor André Astorga. A decisão de romper a parceria foi motivada pela falta de pagamento de salários de funcionários e atletas. Como consequência, a diretoria está fazendo à cidade um pedido de socorro para manter o time na ativa representando Paranavaí.  
A parceria, que seria de 10 anos, persistiu por pouco mais que seis meses (dia 18 de janeiro foi apresentado o elenco). Alguns atletas estão com um mês de atraso nos salários, mas tem funcionário com seis meses sem receber e muitos com no mínimo três meses vencidos. Situação crítica exposta por muitos presentes na reunião. Em comum, o fato de que o ACP enfrenta sérias dificuldades financeiras.
“Está encerrada a parceria com o André, acreditamos nele e nos ferramos, foi uma mentira, um engodo, é passado”. Essa frase forte e definitiva é do vice-presidente do Conselho, Francisco Carneiro dos Santos Soares, atualmente respondendo pelo Conselho, já que a presidente Leila Maria Lucas de Lima está licenciada do cargo.
A reportagem do Diário do Noroeste, único órgão de imprensa presente, ouviu que membros do Conselho passaram a semana inteira conversando com o investidor através de mensagens, já que Astorga não voltou à cidade. Os conselheiros lamentam que há alguns dias o parceiro esteve em Paranavaí, mas sem dinheiro e com uma série de pendências junto ao comércio.
Nesta segunda-feira, 31, às 14h no Estádio Waldemiro Wagner, o Conselho Deliberativo espera contar com a imprensa de Paranavaí para uma explanação detalhada das pendências financeiras e a real situação do time.
SUB-23 – A Taça FPF de Futebol começa a ser disputada no dia 6 de agosto e o Atlético Paranavaí está inscrito. Como participou do arbitral, é obrigado a participar da disputa. Atualmente o elenco conta com 29 atletas, e conforme informações obtidas na reunião, se a cidade ajudar o time disputará a Taça FPF.
Caso contrário, sairá do campeonato e passa a somar mais um problema: multa pela ausência e até a possibilidade de rebaixamento para a 3ª Divisão do Paranaense (atualmente está na 2ª Divisão).
Alguns empresários de atletas estão dispostos a bancar as taxas de registros. Mas, despesas de viagem, funcionários, arbitragem e outras poderão dificultar a participação. Atualmente o Atlético Paranavaí tem mais de 500 mil reais em dívidas trabalhistas.
PRESIDENTE – A presidente licenciada Leila Lucas de Lima resumiu a parceria como uma tentativa fracassada, baseada nas promessas do investidor. Ela lamentou o episódio, pois a campanha começou bonita, inclusive com aporte financeiro.
Mesmo diante das dificuldades, a reunião de sexta foi avaliada como positiva. Houve cobrança forte por parte dos funcionários do clube, que mesmo sem receber estão cumprindo seus deveres, na expectativa de uma solução positiva.
“Ainda não jogamos a toalha, mas temos que ter uma solução urgente, se não o Atlético Paranavaí pode fechar as portas”, concluiu a presidente licenciada.
O Atlético Paranavaí perdeu um mando de jogo e terá que pagar multa de R$ 5.000,00, devido à confusão em Ponta Grossa. Outra multa aplicada foi no valor de R$ 10.000,00, referente a um copo com lama atirado no assistente em jogo contra o Maringá, realizado no Estádio Waldemiro Wagner.