Acusados da morte de Marcinha divergem na reconstituição do crime

Foi realizado na manhã de ontem a reconstituição do assassinato de Márcia Mendes (Marcinha), 26 anos. O casal suspeito de cometer o crime divergiu sobre como ocorreu o crime.
A mulher afirmou que o homem teria dado golpes na cabeça da vítima, fato negado pelo acusado. Ele disse ter chegado na casa onde ocorreu o crime e encontrado a vítima já morta.
A mulher acusada do crime foi a primeira a reconstituir os fatos. Ela era amiga da vítima, com quem dividia a casa abandonada. Disse que estava usando crack com Marcinha quando o acusado, que mantinha um triângulo amoroso com as duas, chegou após as 18h.
Disse que ouviu a discussão entre os dois e viu o momento em que o homem deu o primeiro golpe na vítima. Foram duas pauladas – Marcinha caiu e teve convulsões.
A mulher disse ter ficado desesperada e foi verificar a respiração da amiga e constatou que já estava morta. Em seguida, o casal arrastou a vítima até a piscina. Foi o homem quem jogou o corpo no local e aproveitou para se lavar do sangue.
Nesse ponto a versão dela diverge com seu primeiro depoimento. Quando foi presa afirmou que a vítima demorou a morrer e que ajudou a segurar Marcinha para o acusado esganá-la com as mãos.
Sobre essa contradição, culpou o fato de estar sob o efeito da droga e não soube expressar. Ela não confirmou se o acusado esganou a vítima.
OUTRO LADO – Já o acusado de participação no crime refez todos os seus passos em menos de dois minutos. Disse que chegou e encontrou o portão aberto, entrou na casa e encontrou o corpo da vítima na piscina.
O suspeito disse que nem chegou ir até o quarto onde as duas mulheres dormiam, no fundo da residência. Afirmou que quem cometeu o crime foi a amiga da vítima.
O delegado Carlos Henrique Rossato Gomes disse que até o final dessa semana deverá concluir o inquérito. Acredita que a reconstituição serviu para confirmar que o casal agiu junto. “Não seria possível fazer todo o crime sem um ajudar o outro”.
RELEMBRE – Márcia Mendes foi assassinada na noite da última terça-feira em uma casa desabitada no centro de Paranavaí. O homicídio teria sido motivado por ciúmes – os três tinham um triângulo amoroso e o homem teria cometido o assassinato como prova de amor.
Os fatos indicam que primeiro a vítima recebeu golpes de pau na cabeça. Como ela não morreu, o casal estrangulou Marcinha com as mãos e a jogou na piscina.