Adepol assume compromisso de lutar pela instalação do Denarc
O diretor jurídico da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol), Pedro Felipe de Andrade, assumiu o compromisso de a entidade lutar pela instalação de uma Delegacia da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) em Paranavaí.
O pacto foi firmado ontem no gabinete do prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes. No período da noite o líder classista participaria de uma reunião com todos os delegados que compõe a 8ª Subdivisão Policial (8ª SDP).
Também participaria da reunião o vice-presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Paraná (Sidepol), Ricardo Teixeira Casanova.
O representante classista ouviu o relato do prefeito de Paranavaí sobre a necessidade de instalar o Denarc na sede da 8ª SDP. Rossato Gomes revelou que como delegado realizou diversas operações apreendendo drogas e comprovando que a região é usada como rota de transporte pelos traficantes.
“Em diversas operações foram apreendidas drogas transportadas por barcos e veículos. Também apreendemos dois aviões que eram usados para o transporte de drogas. Não há dúvida da necessidade da instalação do Denarc em Paranavaí para atuar em toda área da 8ª SDP”, falou o prefeito.
OUTRAS PRIORIDADES – Andrade pactuou que a Adepol lutará para aumentar o quadro funcional de escrivães, investigadores e delegados em Paranavaí e região. Ele lembrou que a realidade vivida na região também é idêntica a de outras subdivisões no estado.
“Hoje existe uma previsão legal para contratar 1400 escrivães, porém, somente 700 vagas estão preenchidas. No caso de delegados por lei são 780 cargos e temos 400 delegados exercendo a função em todo estado.”
O representante falou ainda sobre a superlotação nas cadeias públicas de Paranavaí e região. Enfatizou que esse problema também ocorre em outras regiões. O delegado explicou que em todo estado seriam necessárias 10 mil novas vagas no sistema prisional para sanar o problema.
Andrade opinou que da forma como o problema vem sendo tratado acontece um total desrespeito com os policiais civis. “Vem ocorrendo um nítido desvio de função e uma custódia ilegal sobre os apenados. Isso não é bom porque nossa função é dar resposta para crimes através de investigações. Porém, o que se vê é que em muitas cidades, a função desempenhada é a de trabalhar como babás de presos.”
O líder classista enfatizou que a reunião do período da noite seria para ouvir os delegados. “A reunião faz parte do projeto itinerante que está percorrendo todo o estado e verifica as dificuldades da categoria”, enfatizou o delegado.
A Adepol vem realizando uma série de reuniões. Elas vêm sendo realizadas em sedes de subdivisões com o objetivo de discutir os problemas da Polícia Civil como instituição. Antes da reunião de Paranavaí já haviam feito cinco encontros. O próximo será realizado em Maringá.