Afogamentos nos rios sobem 13,5% e índice é preocupante

Dados do Sistema Digital de Dados Operacionais do Corpo de Bombeiros (SYSBM-CCB), apontam um aumento de mortes por afogamento no Paraná neste ano. Até segunda-feira (19) foram 101 óbitos por afogamento em 696 ocorrências registradas em todo o Estado. O número é 13,5% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando os bombeiros registraram 89 mortes em 1.608 atendimentos.
Os casos mais recentes, inclusive, servem de alerta para toda a população. É que os meses de dezembro, janeiro e fevereiro concentram até 89% dos casos de afogamento no Estado. Isso acontece porque esses meses marcam a entrada da estação mais quente do ano, o verão, quando as pessoas buscam rios, cavas e as praias para “espantar” o calor.
A maior parte das tragédias, inclusive, são registradas justamente em cavas e vitimam principalmente homens com idade entre 16 e 23 anos. Nadar nesses lugares pode ser perigoso, já que não há como saber qual é o relevo do local escolhido para banho, além de poder haver buracos, galhos, limo ou outros obstáculos que dificultam ou impedem a saída da água.
Nadar em rios e lagos impróprios para banho é tão perigoso quanto se arriscar no mar sem a presença de salva-vidas. A prática de nado nos parques municipais e nas cavas está proibida, pois estes locais não contam com acompanhamento de profissional habilitado para salvamentos.
O rio Paranapanema, Paraná e Ivaí, na região Noroeste, elevam as estatísticas, apesar das advertências sobre o adequado uso de equipamentos para quem vai curtir as águas. A pesca está proibida até março do ano que vem, mas o calor faz esses rios atraírem pessoas para o lazer e, nas últimas semanas, pelo menos cinco deixaram a vida nesses rios.