Africano deu endereço falso ao dar entrada em pronto-socorro

CASCAVEL – O africano com suspeita de ebola que está internado no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, deu endereço falso às autoridades de Cascavel, informou ontem a prefeitura local.
Antes de ser transferido para o Rio, Souleymane Bah, 47, estava internado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade paranaense, onde a suspeita da doença foi apontada na noite de quarta-feira. Lá, ele ficou isolado e, por precaução, a unidade de saúde foi interditada -cerca de 30 pessoas não podem sair do local.
De acordo com o prefeito Edgar Bueno (PDT), equipes da Secretaria de Saúde foram ao local que seria o endereço de Souleymane Bah, 47, em Cascavel, e constataram que ele não mora lá.
Não se sabe quando ele chegou a Cascavel, mas na UPA 2, no bairro Brasília, Bah chegou por volta das 9h de quinta-feira.
Segundo Bueno, Bah entrou no Brasil pela Argentina e pediu refúgio à PF (Polícia Federal) em Dionísio Cerqueira, município catarinense próximo à fronteira argentina e a cerca de 190 km de Cascavel. A data do pedido é 23 de setembro.
HOSPITAL ISOLADO – Por precaução, várias pessoas estavam proibidas de deixarem a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 2, no bairro Brasília, em Cascavel, onde um paciente notificado com suspeita de ebola, vindo da Guiné, na África, ficou internado isolado.
Entre as pessoas retidas na unidade de saúde estavam médicos, pacientes e dois policiais militares que faziam a escolta de um preso atendido no local.
Dois médicos infectologias do Ministério da Saúde foram enviados por segurança à UPA. Eles são responsáveis em avaliar as pessoas que tiveram contato com o homem, notificado com suspeita de ebola.
Após a avaliação, os médicos do ministério definirão quem são as pessoas que poderão ser liberadas.
O paciente Souleymane Dah, 47, ficou internado até a madrugada de ontem na UPA. Por volta das 5h, ele foi transferido ao Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro (RJ).