Alerta para risco de epidemia de dengue
Alguns municípios do Noroeste do Paraná já concluíram o sexto levantamento do índice de infestação por Aedes aegypti. Os resultados são preocupantes, porque estão acima do que o Ministério da Saúde considera como tolerável (1%).
Com isso, torna-se grande o risco de haver epidemia de dengue e de outras doenças transmitidas pelo mosquito.
O caso mais emblemático até agora é o de Santo Antônio do Caiuá, com 7,3%. Em Itaúna do Sul, o índice de infestação pelo mosquito é de 4,4%. Em São Pedro do Paraná, 4,2%. Em Planaltina do Paraná, 3,4%. Mirador e Nova Aliança do Ivaí aparecem com 1,6%. E Santa Mônica, com 1,1%. Significa que em todos esses municípios há grande quantidade de Aedes aegypti.
Em contato com a reportagem do Diário do Noroeste, o chefe regional da Divisão de Vigilância em Saúde, Walter Sordi Junior chamou a atenção para os fatores climáticos que podem se tornar complicadores. É que com a proximidade do verão, a tendência para as próximas semanas é de temperaturas cada vez mais altas e chuvas mais frequentes.
Calor e chuva garantem condições ideais para a proliferação do mosquito transmissor da dengue. Considerando os altos índices de infestação e o descaso da população em relação aos cuidados necessários para eliminar o Aedes aegypti, a qualquer momento pode “estourar o número de pessoas com dengue”, disse Sordi Junior.
Mas a preocupação vai além. É que o mosquito não transmite somente dengue. Também é responsável por espalhar os vírus causadores de zika, chikungunya e febre amarela. “Todas as doenças podem levar à morte”, enfatizou o chefe regional de Vigilância em Saúde.
CUIDADOS – Há muito tempo se fala sobre o que é preciso fazer para eliminar os criadouros do Aedes aegypti. O ciclo reprodutivo se completa quando a fêmea encontra objetos em que possa depositar os ovos. Quando chove e a água fica acumulada nesses recipientes, os ovos eclodem.
Por isso, a maneira mais eficaz de evitar o nascimento de mosquitos é não dar condições para que o ciclo reprodutivo seja concluído. Como? Não deixando água parada em possíveis e prováveis criadouros.
Sordi Junior orientou a população a fazer a limpeza de quintais com frequência, conferindo calhas, lajes, marquises e caixas d’água. Fundos de empresas também precisam de cuidados, bem como escolas e outros prédios públicos.
Os chamados pontos estratégicos também requerem atenção. São aqueles locais com grande quantidade de objetos que possam se tornar focos do Aedes aegypti, por exemplo, ferros-velhos, terrenos utilizados para descarte de lixo e locais de acúmulo de materiais recicláveis. Todas essas situações são comuns, de acordo com o chefe regional de Vigilância em Saúde.