Alta de tributação de bebidas vai afetar faturamento de bares e restaurantes, diz associação
SÃO PAULO – Após mais uma alta na tributação da cerveja e de outras bebidas frias, o setor de bares e restaurantes prevê uma queda de até 15% no faturamento anual dos estabelecimentos.
A Receita Federal, que anunciou o aumento no dia 30 de abril, estimou em 2,25% a alta no preço das bebidas frias, incluindo a cerveja.
A alta de preços já deve afetar o bolso do consumidor na Copa do Mundo. "O setor estava trabalhando para não mexer em preços durante o Mundial mas, diante do aumento, o preço médio do cardápio deve subir entre 10% a 12%", diz o presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Paulo Solmucci.
Mesmo com produtos mais caros, Solmucci ainda aposta na alta do movimento durante a Copa do Mundo. A venda de bebidas, segundo a associação, representa entre 40% e 60% do faturamento dos bares e restaurantes.
Durante os dias de competição os estabelecimentos devem registrar um faturamento 30% maior.
A associação estima que o setor vai contratar entre 200 mil e 300 mil trabalhadores temporários para o período. O maior número de contratações deve acontecer em São Paulo, onde serão geradas 65 mil vagas e no Rio, onde pelo menos 32 mil trabalhadores serão contratados.
Segundo a Abrasel, esse contingente não deve ser absorvido por causa do momento de incerteza vivido pelo setor.
"O problema é que, passada a festa, todo mundo vai perceber que o preço alto vai se manter, e isso vai afastar ainda mais o consumidor dos bares e restaurantes", diz.
Ele conta que, até o anuncio de aumento dos impostos, o setor vinha fazendo um movimento de não aumentar os preços durante a Copa, para não afastar o cliente cativo, que consome nos estabelecimentos o ano todo.
"Quem vai continuar trazendo o grosso do faturamento é o cliente do cotidiano. Em algumas cidades, o turista é importante, mas a maior parte dos nossos clientes são os brasileiros".
CRISE – O setor dos bares e restaurantes atravessa uma crise que, segundo Solmucci, foi agravada no primeiro trimestre do ano passado.
"Primeiro o setor perdeu vigor, e agora vem registrando perda de faturamento", diz Solmucci.
Entre inaugurações e bares e restaurantes que fecham, o setor registra um deficit de cerca de 2.000 estabelecimentos por mês.
A crise no setor também é agravada pela alta do preço dos alimentos, grupo que vem puxando a alta da inflação.
Segundo dados do IBGE divulgados em março, o IPCA chegou a 0,92%, sendo que o aumento no grupo alimentação foi de 1,92%, principal foco de pressão sobre o índice geral de preços.
A Receita Federal, que anunciou o aumento no dia 30 de abril, estimou em 2,25% a alta no preço das bebidas frias, incluindo a cerveja.
A alta de preços já deve afetar o bolso do consumidor na Copa do Mundo. "O setor estava trabalhando para não mexer em preços durante o Mundial mas, diante do aumento, o preço médio do cardápio deve subir entre 10% a 12%", diz o presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Paulo Solmucci.
Mesmo com produtos mais caros, Solmucci ainda aposta na alta do movimento durante a Copa do Mundo. A venda de bebidas, segundo a associação, representa entre 40% e 60% do faturamento dos bares e restaurantes.
Durante os dias de competição os estabelecimentos devem registrar um faturamento 30% maior.
A associação estima que o setor vai contratar entre 200 mil e 300 mil trabalhadores temporários para o período. O maior número de contratações deve acontecer em São Paulo, onde serão geradas 65 mil vagas e no Rio, onde pelo menos 32 mil trabalhadores serão contratados.
Segundo a Abrasel, esse contingente não deve ser absorvido por causa do momento de incerteza vivido pelo setor.
"O problema é que, passada a festa, todo mundo vai perceber que o preço alto vai se manter, e isso vai afastar ainda mais o consumidor dos bares e restaurantes", diz.
Ele conta que, até o anuncio de aumento dos impostos, o setor vinha fazendo um movimento de não aumentar os preços durante a Copa, para não afastar o cliente cativo, que consome nos estabelecimentos o ano todo.
"Quem vai continuar trazendo o grosso do faturamento é o cliente do cotidiano. Em algumas cidades, o turista é importante, mas a maior parte dos nossos clientes são os brasileiros".
CRISE – O setor dos bares e restaurantes atravessa uma crise que, segundo Solmucci, foi agravada no primeiro trimestre do ano passado.
"Primeiro o setor perdeu vigor, e agora vem registrando perda de faturamento", diz Solmucci.
Entre inaugurações e bares e restaurantes que fecham, o setor registra um deficit de cerca de 2.000 estabelecimentos por mês.
A crise no setor também é agravada pela alta do preço dos alimentos, grupo que vem puxando a alta da inflação.
Segundo dados do IBGE divulgados em março, o IPCA chegou a 0,92%, sendo que o aumento no grupo alimentação foi de 1,92%, principal foco de pressão sobre o índice geral de preços.