Alta do GLP provoca impacto em diferentes setores da economia

Restaurantes, lanchonetes, padarias, supermercados e indústrias que utilizam empilhadeiras. Para esses e outros segmentos da economia, o reajuste do Gás Líquido de Petróleo (GLP) teve impacto negativo, por causa do aumento nos custos de produção e comercialização.
O repasse da Petrobras começou a vigorar em 13 de dezembro, com índice médio de 15% para todo o Brasil, mas no Paraná chegou a 18%. A mudança no preço vale para os cilindros de 20 e 45 quilos, os chamados P-20 e P-45. Por enquanto, o preço do botijão de 13 quilos, de uso doméstico, não sofreu alteração.
Presidente do Sindicato das Empresas de Atacado e Varejo de Gás Liquefeito de Petróleo (Sinegas), Sandra Ruiz explica que o reajuste partiu da Petrobras, sem qualquer tipo de interferência das distribuidoras e das revendedoras do produto.
Segundo ela, normalmente o preço do GLP sobe em setembro, mês em que o acordo coletivo de trabalho da categoria é fechado. Neste ano, o reajuste salarial dos funcionários resultou em alta de 9% no valor do gás. Somando esses 18%, são quase 30% em aproximadamente 90 dias.
O consumidor final também sentirá no bolso o peso do reajuste. “As pessoas vão perceber aumento de preços na hora de comprar um bolo, um pão ou almoçar em um restaurante”, avalia Sandra.
O empresário Clodoaldo Donizete da Silva, de Paranavaí, diz que o impacto é bastante grande, tanto para quem atua no setor de venda de gás quanto para os clientes. “Precisamos repassar o reajuste, senão, ficamos sem margem de lucro”. Em média, o P-20 passou de R$ 80 para R$ 95. O P-45 foi de R$ 190 para R$ 220.
13 QUILOS – A presidente do Sinegas afirma que o botijão de 13 quilos não sofreu reajuste porque a interferência sobre a inflação seria muito grande, conforme explicação da Petrobras. No entanto, o preço do produto pode subir no começo de 2015. Um reajuste de quase 20% já tinha sido aplicado em setembro deste ano.