Alta no preço do gás provoca fechamento de empresas, diz presidente do Sinegas
De agosto deste ano até agora, o botijão de gás de cozinha com 13 quilos passou por seis reajustes de preços. Sempre com elevação. A última mudança entrou em vigor ontem: alta de 8,9%. É o resultado da nova política adotada pela Petrobras, que tem como base os valores praticados no mercado internacional.
Os preços mais altos já começaram a refletir de maneira negativa no setor. “A quebradeira é geral aqui na região. Muitas empresas estão fechando ou entrando para a clandestinidade”, afirmou Sandra Ruiz, presidente do Sindicato das Empresas de Atacado e Varejo de Gás Liquefeito de Petróleo (Sinegas).
Ela demonstrou preocupação com o que chamou de “início de um colapso”. Com os preços cada vez mais altos, os consumidores não têm condições financeiras de comprar um botijão. “A gente tem visto muita gente comprando álcool e até mesmo lenha para substituir o gás”.
A mudança feita pela Petrobras para definir os valores do botijão de 13 quilos teve início em julho, quando houve redução de 4,5%. Em agosto, aumento de 6,9%. Setembro teve dois reajustes, 2,2% e 6,9%. Outubro foi marcado pela maior elevação até agora, 12,9%. Em novembro, alta de 4,5%.
Antes da aplicação do reajuste, o preço médio do produto em Paranavaí estava próximo dos R$ 70. Por causa da concorrência, alguns revendedores baixaram o valor, chegando a comercializar o botijão por R$ 58. A título de comparação, em Maringá (distante 70 quilômetros de Paranavaí) o preço médio antes do reajuste era de R$ 75.