Aluno de medicina terá de trabalhar dois anos no SUS para receber diploma
BRASÍLIA – O governo fará uma mudança nos cursos públicos e privados de medicina. Além de cursarem os seis anos hoje previstos, alunos que ingressarem na graduação no início de 2015 trabalharão dois anos na rede pública de saúde antes de conseguirem o registro definitivo de médico.
Nesse período extra, chamado de "2º ciclo" pelo governo, o médico continuará em formação, trabalhando exclusivamente em postos de saúde, pronto socorros e no Samu, sempre vinculado à instituição de ensino original. Ou seja, não poderá dar plantão por fora nem abrir consultório. Receberá uma bolsa do Ministério da Saúde, com valor ainda não definido -a expectativa é que fique entre R$ 3 mil e R$ 8 mil.
Essa medida faz parte de um pacote de ações na saúde que serão anunciadas, na tarde de ontem, pela presidente Dilma Rousseff. Entre elas, está ainda a vinda de médicos estrangeiros para o país.
O Ministério da Saúde diz ter se inspirado no modelo do Reino Unido para criar o novo formato do curso de medicina. O objetivo, segundo o ministério, é melhorar a formação do médico na atenção básica.
Apesar de o discurso oficial não ter esse foco, a expectativa é que o "2 ciclo" despeje 20 mil médicos na rede básica e pública de saúde em 2021.
A alteração será feita via uma medida provisória que será publicada no "Diário Oficial" da União de hoje.
CURSOSA/MEDICINA – A política de expansão do número de vagas de medicina no país vai dobrar o número de municípios que hoje abrigam a graduação.
Segundo o ministro Aloizio Mercadante (Educação), hoje todos os cursos de medicina no Brasil estão concentrados em 57 cidades. A intenção é que novos cursos sejam abertos em 60 novos municípios, chegando a um total de 117 até 2017.
"O nosso modelo de expansão são faculdades com poucos médicos. Somos o segundo país com maior número de faculdades, mas quando olhamos o número de matrículas e concluintes, é muito aquém do que a população brasileira precisa hoje e precisará no futuro", disse Mercadante em cerimônia no Palácio do Planalto.
O governo anunciou na tarde de ontem uma série de medidas para a área de saúde, como as regras para "importação" de médicos estrangeiros e ampliação da graduação de medicina. Segundo o ministro, hoje o Brasil tem uma proporção de 0,84 ingressantes para cada 10 mil habitantes, "patamar muito pequeno" para a necessidade nacional, argumentou.
CONCURSO – O ministro afirmou que como parte das novas vagas, estimadas em cerca de 12 mil, estarão nas federais, haverá concurso para contratação de 3.154 novos professores e 1.881 técnicos administrativos.
A maior parte das novas vagas estará nas regiões nordeste e sudeste e serão abertas a partir de uma nova lógica: o governo vai passar a indicar onde elas serão criadas. Assim, critérios como relevância do curso para a população e necessidades do SUS (Sistema Único de Saúde) serão considerados.
Nesse período extra, chamado de "2º ciclo" pelo governo, o médico continuará em formação, trabalhando exclusivamente em postos de saúde, pronto socorros e no Samu, sempre vinculado à instituição de ensino original. Ou seja, não poderá dar plantão por fora nem abrir consultório. Receberá uma bolsa do Ministério da Saúde, com valor ainda não definido -a expectativa é que fique entre R$ 3 mil e R$ 8 mil.
Essa medida faz parte de um pacote de ações na saúde que serão anunciadas, na tarde de ontem, pela presidente Dilma Rousseff. Entre elas, está ainda a vinda de médicos estrangeiros para o país.
O Ministério da Saúde diz ter se inspirado no modelo do Reino Unido para criar o novo formato do curso de medicina. O objetivo, segundo o ministério, é melhorar a formação do médico na atenção básica.
Apesar de o discurso oficial não ter esse foco, a expectativa é que o "2 ciclo" despeje 20 mil médicos na rede básica e pública de saúde em 2021.
A alteração será feita via uma medida provisória que será publicada no "Diário Oficial" da União de hoje.
CURSOSA/MEDICINA – A política de expansão do número de vagas de medicina no país vai dobrar o número de municípios que hoje abrigam a graduação.
Segundo o ministro Aloizio Mercadante (Educação), hoje todos os cursos de medicina no Brasil estão concentrados em 57 cidades. A intenção é que novos cursos sejam abertos em 60 novos municípios, chegando a um total de 117 até 2017.
"O nosso modelo de expansão são faculdades com poucos médicos. Somos o segundo país com maior número de faculdades, mas quando olhamos o número de matrículas e concluintes, é muito aquém do que a população brasileira precisa hoje e precisará no futuro", disse Mercadante em cerimônia no Palácio do Planalto.
O governo anunciou na tarde de ontem uma série de medidas para a área de saúde, como as regras para "importação" de médicos estrangeiros e ampliação da graduação de medicina. Segundo o ministro, hoje o Brasil tem uma proporção de 0,84 ingressantes para cada 10 mil habitantes, "patamar muito pequeno" para a necessidade nacional, argumentou.
CONCURSO – O ministro afirmou que como parte das novas vagas, estimadas em cerca de 12 mil, estarão nas federais, haverá concurso para contratação de 3.154 novos professores e 1.881 técnicos administrativos.
A maior parte das novas vagas estará nas regiões nordeste e sudeste e serão abertas a partir de uma nova lógica: o governo vai passar a indicar onde elas serão criadas. Assim, critérios como relevância do curso para a população e necessidades do SUS (Sistema Único de Saúde) serão considerados.