Amarelo de vergonha
*ADÃO RIBEIRO
Embora leigo e apenas peladeiro nos bons tempos, sempre gostei de dar meus palpites sobre futebol. Infelizmente, o esporte nacional perdeu anteontem, quando tudo estava pronto para ser “apenas” uma festa caríssima (quantos bilhões de dólares!), com o Brasil vencendo, no sufoco, o seu primeiro desafio na Copa.
Todos nós sabemos que autoridade sempre recebeu vaias nos campos de futebol por essas bandas, até mesmo Lula, o “inventor” de Dilma, no auge da sua popularidade durante os Jogos Panamericanos do Rio em 2007. Futebol e político não se combinam.
Mas, o que aconteceu na abertura da Copa foi uma grosseria, cometida justamente por parte de quem, em tese, deve ser educado. Refiro-me aos integrantes das chamadas classes alta e média – que têm dinheiro para pagar o assalto (digo, ingresso) daquela senhora anacrônica com nome de tia gente boa, controladora do futebol mundial.
A presidente Dilma não foi a única a ser xingada ao vivo para bilhões de pessoas em todo o planeta. Também a instituição Presidência acabou reduzida a um nível lamentável pelos mesmos patriotas que cantaram o Hino Nacional na máxima potência dos pulmões.
Uma contradição que não pode ser explicada unicamente pelo descontentamento com os rumos do governo, seus mandos e mesmo desmandos. As passeatas provam que há espaço para manifestar indignação, sem cometer tal indelicadeza com a mulher Dilma, sobretudo, num momento de festa e com as lentes do mundo voltadas para a nossa casa.
No dia 05 de outubro haverá eleição e, nas urnas, todos podem se manifestar livremente, sem a necessidade de expor alguém ao ridículo e sem esculachar a instituição máxima da nossa democracia: a Presidência.
Dilma foi eleita e seu mandato é legítimo até 31 de dezembro de 2014, a menos que seja cassada pelo Congresso, o que não parece ser o caso. Portanto, os xingamentos, especialmente em termos tão vulgares, nada resolvem. Pelo contrário: revelam a nossa falta de educação, não aquela formal para aprender técnicas e operar instrumentos. Até porque, acesso à educação formal não faltou para quem teve o privilégio de participar da abertura da Copa.
Sem contar que Dilma não é exatamente um fenômeno de impopularidade, pois, conforme as pesquisas recentes, ela continua a liderar a corrida presidencial, sempre com mais de 30% das intenções de voto. Não se trata de ser contra ou a favor – basta civilidade. Isso é necessário e independe do governante.
Embora leigo e apenas peladeiro nos bons tempos, sempre gostei de dar meus palpites sobre futebol. Infelizmente, o esporte nacional perdeu anteontem, quando tudo estava pronto para ser “apenas” uma festa caríssima (quantos bilhões de dólares!), com o Brasil vencendo, no sufoco, o seu primeiro desafio na Copa.
Todos nós sabemos que autoridade sempre recebeu vaias nos campos de futebol por essas bandas, até mesmo Lula, o “inventor” de Dilma, no auge da sua popularidade durante os Jogos Panamericanos do Rio em 2007. Futebol e político não se combinam.
Mas, o que aconteceu na abertura da Copa foi uma grosseria, cometida justamente por parte de quem, em tese, deve ser educado. Refiro-me aos integrantes das chamadas classes alta e média – que têm dinheiro para pagar o assalto (digo, ingresso) daquela senhora anacrônica com nome de tia gente boa, controladora do futebol mundial.
A presidente Dilma não foi a única a ser xingada ao vivo para bilhões de pessoas em todo o planeta. Também a instituição Presidência acabou reduzida a um nível lamentável pelos mesmos patriotas que cantaram o Hino Nacional na máxima potência dos pulmões.
Uma contradição que não pode ser explicada unicamente pelo descontentamento com os rumos do governo, seus mandos e mesmo desmandos. As passeatas provam que há espaço para manifestar indignação, sem cometer tal indelicadeza com a mulher Dilma, sobretudo, num momento de festa e com as lentes do mundo voltadas para a nossa casa.
No dia 05 de outubro haverá eleição e, nas urnas, todos podem se manifestar livremente, sem a necessidade de expor alguém ao ridículo e sem esculachar a instituição máxima da nossa democracia: a Presidência.
Dilma foi eleita e seu mandato é legítimo até 31 de dezembro de 2014, a menos que seja cassada pelo Congresso, o que não parece ser o caso. Portanto, os xingamentos, especialmente em termos tão vulgares, nada resolvem. Pelo contrário: revelam a nossa falta de educação, não aquela formal para aprender técnicas e operar instrumentos. Até porque, acesso à educação formal não faltou para quem teve o privilégio de participar da abertura da Copa.
Sem contar que Dilma não é exatamente um fenômeno de impopularidade, pois, conforme as pesquisas recentes, ela continua a liderar a corrida presidencial, sempre com mais de 30% das intenções de voto. Não se trata de ser contra ou a favor – basta civilidade. Isso é necessário e independe do governante.