Ambev mostra que Paraná é propício a investimentos, mesmo na crise nacional
Ele enalteceu o empreendimento da Ambev, que é apoiado pelo Governo do Estado por meio do Paraná Competitivo, soma investimentos de R$ 848 milhões e gera 430 empregos diretos.
“É uma conquista para o Paraná este empreendimento, por ser um dos mais modernos do mundo, pelos empregos que cria e porque deverá atrair outras empresas satélites para a região”, disse Richa.
O apoio do governo estadual e da prefeitura de Ponta Grossa foram fundamentais para a Ambev, segundo o seu presidente, Bernardo Pinto Paiva. “É muito bom confiar no poder público e saber que o retorno vai ocorrer. A proatividade do governo soma muito nesse processo”, disse ele.
O governador afirmou que o Paraná vive hoje o maior ciclo de industrialização de sua história. Isso é o resgate do nosso governo da confiança do setor produtivo, que estava parada, porque não havia programas qualificados para a atração de investimentos”, afirmou o governador.
Só a Região dos Campos Gerais recebeu, desde 2011, mais de R$ 10 bilhões em investimentos privados apoiados pelo programa Paraná Competitivo, com geração de mais de 15 mil empregos.
TRANSFORMADOR – Marcelo Rangel, prefeito de Ponta Grossa, afirmou que apenas com o investimento da Ambev a arrecadação de ICMS do município aumentou 51%, passando de R$ 139 milhões para R$ 210 milhões.
“O mais incrível é que estamos no período dos incentivos fiscais. Imagine depois então, a arrecadação pode até triplicar”, disse ele. Rangel destacou o apoio do Governo do Estado e disse que os programas estaduais foram essenciais para atração dos investimentos. “Em quase quatro anos, foram mais de 40 novas indústrias instaladas em Ponta Grossa”, disse ele.
O programa de incentivo fiscal, a atuação da agência paranaense do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e a segurança jurídica garantida empreendedores estão entre os elementos fundamentais que contribuem para colocar o Paraná na contramão da crise, conforme apontou o governador.
“O BRDE recebeu na nossa gestão a maior capitalização nos seus 50 anos de história, de R$ 200 milhões, montante que alavanca sete vezes este valor para financiar a produção”, disse Richa.
ADRIÁTICA – A nova filial da Ambev recebeu o nome de Cervejaria Adriática em homenagem à marca que foi lançada em Ponta Grossa no início do século XX e ficou no mercado até meados de 1940. Com o início da operação da Ambev na cidade, a cerveja Adriática volta a ser produzida com exclusividade em sua terra natal.
Cerca de 1,5 mil pessoas participaram da construção da nova fábrica. Com uma área total de 2,6 milhões de metros quadrados, a cervejaria de Ponta Grossa tem capacidade para produzir 380 mil hectolitros de bebidas por mês e conta com quatro linhas de produção.
Além de Adriática, fabrica as marcas Antárctica, Antárctica Sub Zero, Skol, Original e Brahma Chopp. A produção abastece os mercados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina.
Empresa já investiu mais de R$ 960 milhões no Paraná
De acordo com a Ambev, os investimentos da empresa na Cervejaria Adriática seguem os planos da companhia de renovar e modernizar seu parque fabril. De 2010 a 2015, a Ambev investiu mais de R$ 960 milhões no Paraná.
Além da cervejaria em Ponta Grossa, também possui uma fábrica de refrigerantes em Almirante Tamandaré e mais quatro centros de distribuição direta nas cidades de Londrina, Francisco Beltrão, São José dos Pinhais e Ponta Grossa. A empresa informa que gera 1.675 empregos no Estado, onde também movimenta R$ 660 milhões em impostos. Se considerados os empregos indiretos e induzidos gerados na cadeia produtiva, a Ambev calcula que movimenta 42 mil postos de trabalho no Paraná.
Setor cervejeiro apresenta maior efeito multiplicador
O setor de cerveja representa 12% da indústria de transformação do Paraná. O total de postos de trabalho diretos, indiretos e induzidos gerados pelo setor cervejeiro no Estado passa de 143 mil, o que representa uma massa salarial de mais de R$ 1,3 bilhão, de acordo com levantamento feito a partir de cruzamento de dados do IBGE com informações da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
De acordo com a Ambev, o setor de bebidas é um dos que apresentam maior efeito multiplicador na economia. De acordo com IBGE, para cada R$ 1 investido por uma cervejaria, outros R$ 2,50 são gerados na economia do Brasil. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que para cada emprego direto gerado em uma cervejaria, outros 50 são criados na cadeia produtiva.