Amor de Verdade

Nesse próximo domingo, dia 12, estará se comemorando o dia dos namorados. Mais do que uma simples data, é um momento especial onde os apaixonados estarão e desfrutarão juntos desse dia, seja em jantares, encontros ou presentes, onde enquanto alguns exaltam os relacionamentos, outros lamentam a falta da “outra metade” ou ainda o fim de um relacionamento. Mas será que você tem motivos para celebrar esse dia? Mais do que isso: será que nós temos noção e percepção do que é um amor de verdade? É evidente que o amor não deve ser celebrado apenas no dia dos namorados, mas sim diariamente, nos pequenos e simples gestos e momentos de uma convivência sensata, leal e equilibrada de um casal, seja esses de namorados, noivos ou casados.
Porém, há fatores que ofuscam o brilho desse amor. Um deles, por exemplo, é o apelo comercial que se faz em torno desta data, sendo esse apelo feroz e exaustivo (tal qual ocorre em outras datas, como natal, páscoa, dia dos pais e das mães, etc.), e muitas vezes NÃO impulsionando as pessoas por um real sentimento de celebração do amor, mas sim pelo status social que a data passou a representar. 
Daí o que era pra ser um momento espontâneo, especial e afetuoso, se transforma em uma situação mecânica, fria, sem alma ou emoção. Chocolates, flores, jantares, e outros presentes não são símbolos de amor! Vale lembrar ao leitor que eu NÃO sou contra receber e dar presentes! É gostoso e bom que demos presentes ou lembranças, sim. Mas presentes são objetos, e somente objetos! O Amor não se compra e não precisa de comprovação, ou de juramentos, testes ou coisas assim. Creio que todo mundo (ou quase todos) sabe e tem noção disso. Mas mesmo assim, o “bicho” humano sempre complica a situação. E vemos com frequência namoros e romances que parecem “contos de fadas”, mas no fim viram “histórias de terror”. E não faltam exemplos de pessoas, sejam elas famosas ou anônimas, que por mais que tenham sucesso em suas carreiras, fama, fortuna, beleza e status, fracassam e acabam falindo seus relacionamentos amorosos.
Talvez uma das razões para esse fracasso no amor seja por conta do próprio indivíduo. Por exemplo: a pessoa se apaixona, daí cria em sua mente um “mundo paralelo” de sonhos e expectativas por conta desta paixão, e essa paixão algumas vezes ganha força e se transforma em um relacionamento, mas o tempo e a convivência acabam desencantando esse “amor” justamente por conta dessa expectativa exagerada deste mesmo individuo, onde espera e crê que esse relacionamento e a pessoa da qual despertou essa paixão, atenda e cumpra com todos os seus gostos, caprichos e desejos. O que acontece? Essa pessoa se frustra com o que pensou que fosse o amor de sua vida. 
Isso ocorre diversas vezes na vida por causa do nosso lado “animal” ou irracional, que é insensato e egoísta, querendo se impor sobre o nosso outro lado, que é bom, sensato, sensível e equilibrado. Augusto Cury, em seu livro “Segredos do Pai nosso”, menciona o fato de que quando esse lado ruim prevalece sobre o lado bom da pessoa, potencializa ainda mais o poder destrutivo e voraz do indivíduo, onde morre o diálogo, o respeito, a empatia e o amor, levando a cometer atrocidades de proporções inimagináveis em todas as áreas e esferas de nossa sociedade, basta ver os noticiários para se comprovar isso! 
Diante de tudo isso… Como podemos definir e/ou identificar o que é então, o amor de verdade? Eu acredito como psicoterapeuta que amor de verdade é aquele que não traz ansiedades para o casal. O amor de verdade não vive no desespero, pois é um sentimento pacífico e estável, e nem faz a pessoa sofrer ou ter amarguras no relacionamento. Amor de verdade é algo singelo e sincero. É algo exclusivo um do outro, sem qualquer segredo, onde a pessoa entrega sua alma, mente e coração para seu / sua pessoa amada, sem medo! Pense nisso!

Colaboração de Marcelo Fernando Rojas Rios