Apenas cinco senadores foram trabalhar
BRASÍLIA – A ressaca de Carnaval, tradicional às Quartas-feiras de Cinzas, se reproduziu ontem no Congresso Nacional. Apenas cinco dos 81 senadores apareceram no Senado para participar da sessão plenária, dedicada a discursos dos congressistas.
A Câmara dos Deputados nem chegou a realizar sessão.
Prevendo que haveria um esvaziamento no primeiro dia útil pós-Carnaval, os líderes da Câmara decidiram marcar sessões apenas hoje e amanhã. Os corredores vazios devem se repetir até a próxima terça-feira, quando os deputados e senadores retomam as votações depois do Carnaval.
Até lá, nenhum dos 594 congressistas terá cortes nos salários de R$ 29,4 mil porque só há redução nos vencimentos quando há votações. Nas sessões de discursos, os congressistas ficam desobrigados a estarem presentes justamente porque não há cortes nos salários.
O "feriadão" dos deputados começou na última terça-feira, quando a Câmara já não realizou votações. No Senado, o Carnaval teve início um dia depois somando uma folga de até 13 dias para deputados e senadores.
Na tarde de ontem, em pouco mais de duas horas de sessão, os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR), Ana Amélia Lemos (PP-RS), Paulo Paim (PT-RS), Roberto Requião (PMDB-PR) e Valdir Raupp (PMDB-RO) se revezaram em discursos direcionados aos Estados de cada um.
Dias criticou o esvaziamento do Senado ao afirmar que os congressistas têm "obrigação" de comparecer à Casa mesmo quando não há votações, como ocorre com qualquer trabalhador brasileiro.
"Isso ocorre todos os anos e faz muito mal à imagem da instituição. Se queremos ser senadores, temos que estar presentes mesmo em momentos de difícil comparecimento. Não há justificativa para ausência."
Em defesa dos colegas ausentes, Raupp disse que a presença na Quarta-feira de Cinzas é desnecessária porque não há votações. "Não adianta ter 40, 50 senadores e não tiver votações. Só temos pauta para votar na próxima semana", afirmou.
A Câmara dos Deputados nem chegou a realizar sessão.
Prevendo que haveria um esvaziamento no primeiro dia útil pós-Carnaval, os líderes da Câmara decidiram marcar sessões apenas hoje e amanhã. Os corredores vazios devem se repetir até a próxima terça-feira, quando os deputados e senadores retomam as votações depois do Carnaval.
Até lá, nenhum dos 594 congressistas terá cortes nos salários de R$ 29,4 mil porque só há redução nos vencimentos quando há votações. Nas sessões de discursos, os congressistas ficam desobrigados a estarem presentes justamente porque não há cortes nos salários.
O "feriadão" dos deputados começou na última terça-feira, quando a Câmara já não realizou votações. No Senado, o Carnaval teve início um dia depois somando uma folga de até 13 dias para deputados e senadores.
Na tarde de ontem, em pouco mais de duas horas de sessão, os senadores Álvaro Dias (PSDB-PR), Ana Amélia Lemos (PP-RS), Paulo Paim (PT-RS), Roberto Requião (PMDB-PR) e Valdir Raupp (PMDB-RO) se revezaram em discursos direcionados aos Estados de cada um.
Dias criticou o esvaziamento do Senado ao afirmar que os congressistas têm "obrigação" de comparecer à Casa mesmo quando não há votações, como ocorre com qualquer trabalhador brasileiro.
"Isso ocorre todos os anos e faz muito mal à imagem da instituição. Se queremos ser senadores, temos que estar presentes mesmo em momentos de difícil comparecimento. Não há justificativa para ausência."
Em defesa dos colegas ausentes, Raupp disse que a presença na Quarta-feira de Cinzas é desnecessária porque não há votações. "Não adianta ter 40, 50 senadores e não tiver votações. Só temos pauta para votar na próxima semana", afirmou.
Desempenho ruim
A Folha de S.Paulo revelou ontem que a Câmara e o Senado tiveram nas últimas quatro semanas de votação o pior índice de produção em dez anos. Foram apenas seis projetos aprovados de forma conclusiva, nenhum deles relacionados a temas polêmicos ou assuntos de maior repercussão.
O resultado atual, influenciado em boa parte por embates entre o Palácio do Planalto e sua base de apoio, tende a sofrer um abalo maior com a Copa do Mundo, em junho e julho, e as eleições, em outubro, que prometem esvaziar o Congresso na maior parte do ano.