Apenas três crimes não tiveram autoria solucionada em 2013

Um levantamento da Polícia Civil indica que três homicídios não foram solucionados no ano de 2013 em Paranavaí. Até ontem 13 pessoas tinham sido assassinadas.
Continuam sem ter autorias identificadas as mortes de Antônio Marcos de Souza, Maria Fernanda Caetano Costa e do adolescente Vinicius Bedetti. Dos casos solucionados, cinco pessoas permanecem presas, quatro estão soltas e duas foragidas.
O índice de homicídios solucionados é satisfatório na opinião de André Eberle, superintendente da 8ª Subdivisão Policial de Paranavaí. Ele explicou que nos três casos pendentes existem indícios, porém não há provas que confirmem as autorias.
“No ano de 2012 foram 16 homicídios. Destes, 10 casos foram solucionados, quatro continuam sendo investigados e dois aguardam laudos técnicos para indicar a autoria. Já em 2013 só não conseguimos solucionar três casos. Porém há indícios de autorias e estamos tentando comprovar tecnicamente os autores”, explicou.
FALTA SOLUCIONAR – Eberle explicou que os investigadores da Polícia Civil ainda não conseguiram encontrar provas para solucionar as mortes de Antônio Marcos de Souza, 40 anos, Maria Fernanda Caetano Costa, 21 anos, e do adolescente Vinicius Bedetti, 14 anos.
O primeiro morreu no dia 13 de outubro com três tiros próximo ao Terminal Urbano de Passageiros. Na ocasião havia expectativa de que uma câmera do sistema de videomonitoramento do município pudesse ajudar solucionar o caso. Não se confirmou.
Souza era conhecido nos meios policiais e antes de morrer esteve preso. No dia do homicídio foram encontradas 16 pedras de crack com a vítima. O superintendente disse que tudo indica que o caso tem relação com o tráfico de drogas.
O segundo homicídio não solucionado é da jovem Maria Fernanda Caetano Costa, 21 anos. Ela foi encontrada morta em um terreno baldio na Coloninha do São Jorge. Foi enforcada com um fio de telefone.
O último caso não solucionado foi do adolescente de 14 anos. Bedette foi executado no dia 1º de dezembro com um tiro na cabeça e dois nas costas. Ele não tinha passagens policiais, mas familiares informaram que o adolescente usava drogas e estava envolvido em atividades ilícitas.
O adolescente foi assassinado durante a madrugada no fundo de sua residência na Rua das Ameixas, Vila Alta. Os familiares ouviram os disparos, mas só saíram quando o dia amanheceu. O corpo do jovem estava caído sobre o tanque de lavar roupas.
Eberle disse que há indícios de que as três mortes aconteceram por envolvimento com tráfico de drogas. Porém, ele ressalta que a “lei do silêncio” que impera no local está dificultando as investigações. “Todos afirmam que não viram nada”, comentou o superintendente.
CRONOLOGIA – No dia cinco de janeiro foi registrado o primeiro homicídio de 2013. Pedro Paulino da Silva, 39 anos, foi assassinado com três tiros. Ele estava em um bar na Avenida Tancredo Neves, no Jardim São Vicente. Um homem está preso e outro foragido.
O segundo homicídio foi no dia 27 de janeiro. Um homem não identificado e apenas conhecido como Nelson, foi assassinado com uma paulada na cabeça em uma propriedade rural. Um homem de 50 anos confessou a morte e disse que a vítima era homossexual e teria se insinuado. O acusado acabou sendo solto por determinação judicial.
No dia 19 de março o catador de materiais recicláveis, Derli Correa, 52 anos, foi morto a pauladas porque não tinha dinheiro quando foi assaltado. O assassino foi preso logo em seguida e continua preso no minipresídio de Paranavaí.
O quarto homicídio aconteceu no dia 22 de setembro. Paulo Henrique Oliveira da Silva, 19 anos, foi morto a facadas. O homicida de 24 anos se apresentou acompanhado de advogado e disse que matou em legítima defesa. O homem responde em liberdade.
No dia 26 de setembro três mortes foram registradas em Paranavaí. No Jardim Renascer, Lucas Henrique Silva de Souza, 21 anos, foi morto no meio da rua. Quase no mesmo horário Lucian de Matos, 28 anos, e Fernanda da Costa Gustavo, 34 anos, foram executados na residência do casal, localizada no Jardim Simone. Os dois assassinos foram identificados e estão presos.
Um dia depois a polícia encontrou o corpo de Wesley Panucci Nunes, de 21 anos. O jovem foi morto a tiros em uma propriedade rural atrás do Bosque Municipal. O assassino foi identificado, mas está em liberdade.
A nona vítima de assassinato foi executada no dia 13 de outubro. Antônio Marcos de Souza, 40 anos, morto com três tiros. Ele era conhecido nos meios policiais. No dia de sua morte, tinha 16 pedras de crack. A morte foi na Rua Ceará, próximo ao Terminal Urbano de Passageiros. Os tiros atingiram o tórax e o rosto da vítima. A polícia ainda não esclareceu a morte.
A 10ª pessoa assassinada esse ano em Paranavaí foi Maria Fernanda Caetano Costa, 21 anos. Seu corpo foi encontrado na manhã do dia 31 de outubro na Coloninha do São Jorge. Ela foi estrangulada com um fio telefônico e o homicida ainda não foi identificado.
No dia 29 de novembro Valdeir José Rodrigues de Souza, 28 anos, morreu em um hospital em Maringá, a 11ª vítima assassinada esse ano em Paranavaí. Ele foi baleado no dia 10 de novembro na Vila City. O autor se apresentou com um advogado e está em liberdade.
No primeiro dia de dezembro foi registrado o 12º homicídio em Paranavaí. O adolescente Vinicius Bedetti, 14 anos, foi morto no quintal de sua residência na Vila Alta. Foi executado com um tiro na cabeça e dois nas costas. O caso ainda está em aberto sem a identificação do assassino.
A 13ª pessoa assassinada esse ano em Paranavaí foi o lenheiro Gentil Francisco de Oliveira, 53 anos. Ele morreu na noite do último dia 04 na Vila Alta. O motivo da morte foi a cobrança de uma dívida. O autor das facadas é um morador de Nova Esperança e está solto.