Após depoimento blindado, Gabrielli diz que “oposição quer espetáculo”
BRASÍLIA – Após ter sido blindado pela base aliada do governo Dilma Rousseff no primeiro depoimento da CPI da Petrobras no Senado, o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli afirmou ontem que "a oposição quer criar um espetáculo" e "está querendo destruir uma empresa sólida".
O depoimento de Gabrielli ocorreu sem a presença do único senador de oposição da CPI, o tucano Cyro Miranda (GO), que decidiu não participar das sessões por considerar a comissão "uma farsa". "Isso é uma brincadeira. Já está tudo combinado pra dar satisfação ao público, mas não estão investigando coisa nenhuma. (…) Essa CPI vem pronta, é um prato feito. É um jogo de cena, uma farsa",afirmou.
"Pra mim, não tem a menor credibilidade o que esse senhor disse hoje. Ele levou um puxão de orelha. [Disseram para ele] Você é do partido, tome cuidado porque pode ser alijado", completou ele, se referindo à mudança de discurso de Gabrielli.
O ex-presidente da estatal respondeu a cerca de 200 perguntas dos senadores, a maioria sobre Pasadena, que abordaram as notícias veiculadas na imprensa sobre irregularidades da estatal. Não chegou a haver, porém, questionamentos mais incisivos e réplicas às respostas. Após a sessão, Gabrielli afirmou à imprensa considerar "muito estranho os proponentes da CPI [a oposição] não aparecerem".
Questionado se viria novamente para falar à CPMI [Comissão Parlamentar Mista de Inquérito], que deve ter maior presença da oposição, Gabrielli disse que iria e ponderou: "A CPI pode transformar-se simplesmente em um espetáculo, a oposição quer criar um espetáculo. É extremamente perigoso, extremamente condenável o comportamento da oposição, que está querendo destruir uma empresa sólida, bem administrada, com perspectiva de crescimento como é a Petrobras, tentando dizer que a empresa está numa crise, que não existe. Há muita ficção nas ações que a oposição está tendo".
O relator da CPI, José Pimentel (PT-CE), também criticou a ausência da oposição no depoimento de Gabrielli e negou tom ameno das perguntas. Questionado se a audiência tinha sido amigável, respondeu: "A agressividade é típica de uma ditadura. No Estado democrático de direito você formula a pergunta e ao mesmo tempo subsidia com um conjunto de outros documentos que já requeremos".
Ele ainda afirmou haver "desrespeito" da oposição ao não comparecer à sessão da CPI. "O que nós fizemos na instalação dessa CPI foi cumprir uma decisão do Supremo que é resultado de um mandado de segurança encabeçado pelo senador Aécio Neves [PSDB-MG] pedindo a instalação dessa CPI".
Na manhã desta terça-feira (20), o ex-presidente da Petrobras afirmou que Dilma não teve responsabilidade sobre a compra da refinaria de Pasadena. No mês passado, Gabrielli deu declaração oposta em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo".
O depoimento de Gabrielli ocorreu sem a presença do único senador de oposição da CPI, o tucano Cyro Miranda (GO), que decidiu não participar das sessões por considerar a comissão "uma farsa". "Isso é uma brincadeira. Já está tudo combinado pra dar satisfação ao público, mas não estão investigando coisa nenhuma. (…) Essa CPI vem pronta, é um prato feito. É um jogo de cena, uma farsa",afirmou.
"Pra mim, não tem a menor credibilidade o que esse senhor disse hoje. Ele levou um puxão de orelha. [Disseram para ele] Você é do partido, tome cuidado porque pode ser alijado", completou ele, se referindo à mudança de discurso de Gabrielli.
O ex-presidente da estatal respondeu a cerca de 200 perguntas dos senadores, a maioria sobre Pasadena, que abordaram as notícias veiculadas na imprensa sobre irregularidades da estatal. Não chegou a haver, porém, questionamentos mais incisivos e réplicas às respostas. Após a sessão, Gabrielli afirmou à imprensa considerar "muito estranho os proponentes da CPI [a oposição] não aparecerem".
Questionado se viria novamente para falar à CPMI [Comissão Parlamentar Mista de Inquérito], que deve ter maior presença da oposição, Gabrielli disse que iria e ponderou: "A CPI pode transformar-se simplesmente em um espetáculo, a oposição quer criar um espetáculo. É extremamente perigoso, extremamente condenável o comportamento da oposição, que está querendo destruir uma empresa sólida, bem administrada, com perspectiva de crescimento como é a Petrobras, tentando dizer que a empresa está numa crise, que não existe. Há muita ficção nas ações que a oposição está tendo".
O relator da CPI, José Pimentel (PT-CE), também criticou a ausência da oposição no depoimento de Gabrielli e negou tom ameno das perguntas. Questionado se a audiência tinha sido amigável, respondeu: "A agressividade é típica de uma ditadura. No Estado democrático de direito você formula a pergunta e ao mesmo tempo subsidia com um conjunto de outros documentos que já requeremos".
Ele ainda afirmou haver "desrespeito" da oposição ao não comparecer à sessão da CPI. "O que nós fizemos na instalação dessa CPI foi cumprir uma decisão do Supremo que é resultado de um mandado de segurança encabeçado pelo senador Aécio Neves [PSDB-MG] pedindo a instalação dessa CPI".
Na manhã desta terça-feira (20), o ex-presidente da Petrobras afirmou que Dilma não teve responsabilidade sobre a compra da refinaria de Pasadena. No mês passado, Gabrielli deu declaração oposta em entrevista ao jornal "O Estado de S.Paulo".