Após dois dias de greve, comunidade escolar avalia reposição de aulas
Professores de escolas estaduais do Paraná permaneceram em greve por dois dias durante a semana passada, quinta e sexta-feira. A adesão não foi total, mas suficiente para comprometer parte do calendário letivo, por isso, as formas de compensação estão sendo avaliadas.
Chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Paranavaí, Pedro Baraldi informou que aproximadamente 30% dos docentes não foram para as salas de aula nos dois dias de protestos. Em alguns casos, as escolas funcionaram parcialmente. Em outros, totalmente.
Baraldi explicou que um levantamento está sendo feito para saber quais professores aderiram à greve e em que escolas. A partir daí, a ideia é que haja negociação com a APP-Sindicato, para definir se as faltas serão lançadas ou se a opção será repor aulas e conteúdos.
O chefe do NRE de Paranavaí destacou que se a decisão for pela reposição das aulas, cada comunidade escolar definirá o calendário, de acordo com as próprias particularidades.
GREVE – O primeiro dia de paralisação coincidiu com a mobilização nacional contra a Reforma da Previdência. Naquele 15 de março, os professores paranaenses também protestaram contra as mudanças nas horas-atividades determinadas pelo Governo do Estado. Depois, a categoria manteve a greve, decidindo, então, voltar à sala de aula integralmente.
CARNE FRACA – Baraldi informou que após a ação da Polícia Federal que deflagrou a operação Carne Fraca para investigar adulteração de carne e derivados em frigoríficos do Brasil, as escolas paranaenses tomaram medidas preventivas.
Dois produtos foram retirados temporariamente dos cardápios e estão sendo analisados em laboratório, para que seja possível saber se estão ou não em condições de consumo. Se ficar comprovado que há problemas, serão descartados.
Enquanto isso, conforme explicação do chefe do NRE de Paranavaí, recursos extras foram liberados pelo Governo do Estado, para que as escolas possam repor os itens retirados dos estoques.