Após eliminação, brasileiro reclama do vento em disputa por equipes

Responsável pela eliminação por equipes no hipismo, o cavaleiro José Roberto Reynoso reclamou do vento. Ainda pediu incentivos do governo e disse que o brasileiro deveria investir mais em cavalos. Ele deu como exemplo o hábito de quem tem cachorros em casa.

"O esporte não é divulgado, não tem público como tem numa Olimpíada. A cultura europeia é voltada ao cavalo, a gente lá (no Brasil) tem uma cultura, a pessoa é voltada a ter um cachorro em casa. Aqui você passa no terraço das casas das pessoas, o cara tem um cavalo, uma criação de um ou dois cavalos", disse.

Questionado sobre a diferença de preço entre um cavalo e um cachorro, Reynoso, estreante em Jogos Olímpicos, respondeu: "Nós sabemos que no Brasil temos muitas pessoas que podem. Então basta essas pessoas passarem a amar o esporte também e fazer. O próprio governo pode ajudar, ajuda para tudo quanto é lado e pode uma vez ou outra ajudar a gente", afirmou.

Assim como a saltadora brasileira Fabiana Murer reclamou no estádio Olímpico, Reynoso disse que o vento do Greenwich Park, onde compete o hipismo, contribuiu para os 46 pontos de penalização (de um total de que sofreu após faltas e atraso no tempo do percurso de saltos).

"Infelizmente, ontem não tinha vento a favor do meu lado, não ajudou lá (atletismo) e ontem aqui na hora que fui saltar um obstáculo, ainda caiu. Juntou vários fatores", disse. "Os ventos não estavam a favor. É como você pegar o cara no barco, vai velejar, o vento está contra, como faz para andar para frente?", disse.

O desempenho de Reynoso deixou a equipe brasileira na última colocação entre os oito finalistas. Além dele, competiram na equipe o medalhista de ouro em 2004, Rodrigo Pessoa, e Doda Miranda. Os dois estão classificados para a final individual amanhã com base no desempenho que tiveram na disputa por equipes. Reynoso ficou fora da final de quarta porque obteve a última colocação entre os 45 finalistas por equipe.