Após sufoco na 1ª fase, Brasil encara russas no mata-mata

Classificado para o mata-mata do torneio feminino de vôlei com a pior campanha de sua chave, o Brasil entra como azarão ante a Rússia, hoje, às 11h, de Brasília, pelas quartas de final da Olimpíada. O confronto é uma reedição da final de Atenas-2004, quando as brasileiras ficaram com a prata.

Campeãs olímpicas em Pequim-2008 com uma campanha invicta -inclusive com vitória por 3 a 0 sobre as russas na fase de grupos-, o time dirigido por José Roberto Guimarães sofreu para ir à fase eliminatória em Londres. Com apresentações inconstantes, o Brasil só foi ao mata-mata porque os EUA, favoritos ao ouro, derrotaram a Turquia na última rodada.

A derrota turca e a boa vitória brasileira sobre a Sérvia por 3 a 0, ontem, deram ao time de Zé Roberto a quarta e última vaga do Grupo B, atrás de EUA, China e Coreia do Sul. Na primeira fase, o Brasil só venceu as seleções sérvia e turca, justamente as duas eliminadas da chave.

Mas, para o técnico José Roberto Guimarães, o mais importante foi ter conseguido a vaga e a chance de defender o título olímpico. "Seria uma catástrofe se tivéssemos ficado fora, mas ganhamos uma segunda chance e as meninas têm que estar prontas para aproveitar a oportunidade. Não adianta ficarmos remoendo o que passou", disse ele ao site do COB (Comitê Olímpico Brasileiro).

O retrospecto russo, porém, coloca a seleção europeia como franca favorita diante do Brasil. Classificado em primeiro lugar no Grupo A, a Rússia venceu todos os seus cinco jogos e só perdeu quatro sets na fase de classificação. Mas a superioridade adversária parece não assustar as brasileiras.

"Vamos agora jogar com a Rússia, um adversário que conhecemos bem e que será duro. Mas estamos com elas engasgadas na garganta desde a derrota no último Mundial (em 2010, na decisão do título) e vamos para cima delas com a faca nos dentes. A gente saiu de uma situação ruim e agora tem tudo para crescer", afirmou a meio-de-rede Thaísa.