Árbitro relata bate-boca de Wesley e ameaças de dirigente do Bahia

Depois da confusão entre os jogadores ocorrida no final da partida entre Palmeiras e Bahia, domingo, em Salvador, o árbitro Leandro Pedro Vuaden relatou na súmula que houve uma discussão entre os atletas e também ameaça de um dirigente ao término do confronto vencido pelos paulistas por 1 a 0.
Após o apito final da partida realizada na Fonte Nova, jogadores de ambos os times trocaram empurrões ainda no gramado devido a provocações iniciadas por Wesley, do Palmeiras, e dirigidas à Emanuel Biancucchi, do Bahia. No túnel que liga o gramado aos vestiários do estádio, o bate-boca ficou ainda mais intenso.
No entanto, o árbitro gaúcho escreveu na súmula apenas que houve uma discussão envolvendo o camisa 11 palmeirense e o atacante Barbio, do Bahia, e que este fato "gerou um princípio de tumulto no campo de jogo", mas que foi "controlado pelos atletas e comissões técnicas de ambas as equipes".
"Após esse fato, quando ainda estávamos no gramado, houve um corre-corre para dentro do túnel de acesso aos vestiários de jogadores de ambas as equipes e comissões técnicas, por igual não foi possível detectar se houve algum fato que merecesse registro nesse relatório", relatou Vuaden.
O juiz informou ainda que, enquanto estava no gramado, sofreu ameaças do preparador físico do time baiano, Carlos Fabiano Mazolla Vieira, que teria acusado a arbitragem de favorecer a equipe palmeirense.
"Conseguiram o que queria, a camisa do Palmeiras pesou, é uma vergonha devem estar com a camisa do Palmeiras por baixo do uniforme", transcreveu Vuaden, que revelou ainda ter sido ameaçado por um dirigente do clube da casa.
Com este relato de Vuaden na súmula, há a possibilidade de a procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) oferecer uma denúncia para analisar os fatos e os jogadores envolvidos.