As chances do Paraná
O governador Beto Richa, ainda jovem mas já de tantas posses políticas, vem sendo citado como candidato ao Senado em 2018.
Eleita vice-governadora, a atual deputada Cida Borghetti já está alçada, segundo informações aqui e ali, à governança, pois se Beto sair em abril de 2018, ela termina o mandato dos eleitos agora e disputa a sua própria sucessão.
Desta forma, já temos o time escalado. Falta preencher uma vaga para o Senado, pois naquele ano serão duas as vagas. Roberto Requião poderia renunciar ao atual mandato logo no início de 2018 e disputar novo mandato, sendo ele o sortudo das duas vagas. Primeiro foi com Osmar Dias, mais recentemente com Gleisi Hoffmann. Isso caso a legislação permita.
Na época de Moysés Lupion (duas vezes governador) este renunciou quando senador para que seu correligionário Alô Guimarães fosse alçado a condição de titular e ele, Lupion, novamente concorreu a um mandato de oito anos. Lupion era do PSD, o velho PSD, cujos dirigentes seriam coroados sábios se estivessem na ativa ainda.
Se Beto for candidato ao Senado, tudo ok. Mais ou menos como o descrito acima.
Alvaro Dias tem mais oito anos, mas pode querer voltar ao Palácio Iguaçu. Ai tomaria medidas em favor dos professores e apagaria essa mancha que os mestres tanto exploram ainda.
Como, entretanto, Beto Richa tem se mostrado um homem inteligente, que sabe manobrar com a política, convém esperar. Afinal, se Aécio Neves for eleito presidente no próximo dia 26, o nosso governante tem chances no PSDB de figurar bem em funções já visíveis ou porvir.
Beto pode até nem pensar, mas uma vice-presidência lhe cairia bem, podendo cair bem também no ninho tucano.
A vitória de Aécio, ocorrendo, pode dar margem para que muitos políticos paranaenses alcem voos mais altos. Alvaro Dias tem ótima posição com seus 77% de votos, campeão proporcional no país.
Abelardo Lupion fez no primeiro turno um bom trabalho, podendo repeti-lo na disputa em andamento. Euclides Scaldo mostra que continua engajado na política, pronto para ajudar aos correligionários. Osmar Dias pode até ser grato a Dilma Rousseff, mas seu partido, o PDT, marcha com Aécio nesta etapa.
Como Roberto Requião, Osmar tem preferência pela eleição senatorial com duas vagas. (Até eu). Acrescente-se os nomes viáveis de Rubens Bueno, Eduardo Sciarra além de empresários capacitados a desenvolver bons trabalhos em organismos técnicos.
Tem esse grupo familiar de Maringá, com a extraordinária capacidade política de Ricardo Barros, de sua esposa Cida Borghetti, de sua filha Maria Victória, jovem desenvolta e nada inibida, capaz de fazer boa figura dentre os novatos da Assembleia Legislativa. E seu irmão, Silvio Barros já tem passagem pelos executivos. Um Ministério do Turismo lhe cairia bem. Ao Paraná também.
E assim segue a dança. E é bom não esquecer de Reinhold Stephanes, sem mandato, mas por certo disposto a manter a trajetória de cada vez ocupar um ministério diferente, eclético que é assim, capaz de manter alta a representação que demonstrou em governos passados.
Agora, se Dilma for reeleita, é só chegarmos a Lula que este saberá atender aos nossos desejos, pois são válidos e vêm bem numa fase em que o PT pede água.