Associação busca mobilizar produtores de mandioca para paralisar colheita

A Associação dos Mandiocultores do Paraná – Aproman – intensificou ontem os contatos para arregimentar produtores visando engrossar a paralisação da colheita a partir da próxima segunda-feira. A informação foi passada ao DN ontem pelo integrante da Aproman, produtor Vanderlei Fozz de Oliveira (Baiano), do Distrito de Graciosa.
Ele confirma contatos em todas as cidades da região (Extremo-Noroeste). Diz que o movimento tem adesões, mas também algumas resistências. A intenção do movimento é pedir a colaboração para evitar o bloqueio de cargas.
O movimento promete usar caminhões e tratores para impedir a passagem de cargas de mandioca em rodovias estratégicas (que levem até as indústrias). Os demais produtos e veículos transitarão normalmente, propõe.
O objetivo é impedir que a produção chegue até as indústrias, forçando a paralisação da transformação da matéria prima. A decisão sobre o movimento foi tomada anteontem em reunião da Apromam em Maria Helena, região de Umuarama.
INDÚSTRIA – Embora considere legítima a decisão da Aproman, a Aban, entidade que reúne as indústrias de amido de mandioca, não vê nesta ação a melhor saída para superar o momento de crise. Entende que problema estará sendo protelado com a interrupção da colheita. As informações são do presidente da Aban, João Eduardo Pasquini.
O início da paralisação coincide com a data em que a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, ficou de se manifestar sobre as reivindicações do setor, apresentadas em audiência na última quarta-feira em Brasília.
Industriais de fécula e produtores de mandioca pleitearam a revisão do preço mínimo (hoje R$ 170,00 a tonelada da raiz), retomada das aquisições do Governo Federal (AGF) e dos empréstimos do Governo Federal (EGF). Custo de produção está acima de R$ 200,00 a tonelada, diz a Aproman.