Atendimento de vítimas de violência doméstica será otimizado, diz secretária

Diversas entidades e órgãos integrados trabalhando com um único objetivo: conter o avanço da violência doméstica e familiar em Paranavaí.
Este é o objetivo do Provida – Programa de Proteção e Orientação às Vítimas da Violência Doméstica e Familiar, que será lançado amanhã, às 19h30, durante cerimônia no Centro da Juventude.
O Provida é um programa municipal vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social que conta com a ampla parceria da Polícia Civil (PC) e do Ministério Público (MP). Segundo a secretária de Assistência Social, Marly Bavia, é justamente esta parceria que vai permitir que o atendimento às vítimas de violência doméstica seja otimizado em Paranavaí.
“Sabemos que existem muitos casos de violência doméstica em Paranavaí, mas, por alguma razão, as mulheres não vão em busca de ajuda nos equipamentos sócio assistenciais do município. Elas procuram a Polícia, como forma de se vingar ou punir o agressor, e se esquecem que seus filhos e, até mesmo ela [a mulher], precisam de um acompanhamento psicológico e assistencial. Algumas vezes as crianças até são encaminhadas, seja pela escola ou denúncia de vizinhos, mas a mulher acaba sofrendo calada”, observa a secretária.
Marly acredita que com a melhor estruturação do sistema, mais vítimas se sentirão encorajadas a procurar ajuda. “Talvez isso tenha acontecido até por uma falha nossa, porque não estávamos preparados para isso. Agora, com a criação do Provida, nossa intenção é integrar as ações das diversas entidades envolvidas de forma que todas as vítimas possam contar com amparo e assistência profissional”, aponta.
Com a implantação do Provida, as vítimas de violência doméstica de Paranavaí passarão a contar com três canais para denúncias: Creas/Cras, Delegacia da Mulher e Ministério Público.
No Creas as vítimas de violência podem contar com acompanhamento psicológico em grupo e, quando necessário, individual, por meio da Secretaria de Saúde. “Lá, as vítimas são orientadas sobre como formalizar a denúncia e ainda podem participar de cursos de capacitação profissional e receber encaminhamento para o mercado de trabalho, para que não continuem dependendo financeiramente do agressor”, acrescenta.
Com isso, Marly acredita que será possível romper com o “ciclo vicioso” da violência. “É preciso que a vítima entenda que a violência não é normal, e que ela precisa buscar ajuda. Nesse sentido, a assinatura do termo de cooperação entre as entidades será muito importante, no sentido que cada um dará a sua contribuição, formando, assim, uma organização que vai dar sustentação ao atendimento de casos de violência”, conclui a secretária.
Além do MP e da PC, o Provida também vai contar com a colaboração das secretárias de Saúde, Comunicação Social, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Municipal da Assistência Social, Conselho Municipal do Idoso, Conselho Municipal da Mulher, Conselho Tutelar, Procuradoria Jurídica do Município – Defensoria Pública, Unipar (Coordenação do Curso de Direito), Fafipa/Unespar (Coordenação do Curso de Assistência Social), 8º Batalhão de Polícia Militar, Delegacia da Mulher, e juízo de Direito da 1º e 2º varas Criminal da Comarca de Paranavaí.