Atendimento sobre câncer de pele terá distribuição de senha
Por conta da grande procura, serão distribuídas 250 senhas, com atendimento entre 8 e 12 horas, diferente das demais cidades paranaenses, que estarão com o trabalho entre 9 e 15 horas, seguindo a proposição da SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia.
As informações são da dermatologista Mônica Cohen, uma das voluntárias no dia especial. Ela esclarece que o horário em Paranavaí foi estabelecido para organizar melhor o atendimento. Também o sistema de senhas visa organizar a fila e deixá-la compatível com a capacidade técnica e de pessoal disponível.
Mônica reforça que a limitação no número de pacientes visa dar melhor atendimento e resolutividade. Os casos menos graves serão tratados na hora, procedimento de cauterização. Para tal, reitera, é necessário que haja um controle da clientela.
Além de Mônica, também estarão atuando como voluntários, os médicos Eduardo Paixão, Rosa Maria Romanhoto Mazuti e Roberta Aires. Da mesma forma voluntária, a equipe será composta ainda por profissionais do CRE. O trabalho é possível na parceria com o Sistema Único de Saúde – SUS.
Este será o quarto ano em que o Dia de Combate ao Câncer de pele tem mobilização na cidade. Em 2009, início da atividade, foi uma iniciativa particular, hoje integrada ao trabalho de mobilização da SBD.
Na ocasião, a médica Mônica Cohen atendeu 200 pessoas. No ano seguinte foram mais 150 consultas. Nos dois anos a média de detecção da doença foi de 12%. Em 2011 foram totalizados 173 atendimentos, com incidência de 15%.
CUIDADOS COM A PELE
A médica Mônica Cohen aproveita para orientar as pessoas. Como aponta, é fundamental usar filtro solar regularmente a partir dos seis meses de vida. Evitar a exposição ao sol nos horários de pico (entre 10 e 16 horas), além de usar chapéus, boinas, bonés e camisas de manga longa são outras dicas importantes.
Ela aponta três tipos mais comuns de câncer de pele: Carcinoma Basocelular, o mais comum, geralmente não dá metástase (formação de novos tumores a partir do outro, sem continuidade entre eles), mas destrói o local do tumor e surge como uma mancha perolada, podendo ser sangrento ou não. Geralmente não apresenta sintomas de dor; Carcinoma Espinocelular, que também tem como causa a exposição solar, feridas antigas, cicatrizes e até exposição ao veneno arsênico; Melanoma, que é o pior e pode levar à morte. Surge como uma pinta que muda de cor e forma, podendo sangrar.
Em Paranavaí, os tumores operáveis e pequenos são encaminhados para tratamento no CRE. Já os casos mais complicados são encaminhados para Maringá. Por fim, a médica aconselha que as pessoas de pele clara e com antecedentes na família, devem procurar um dermatologista a cada seis meses ou, no mínimo, uma vez por ano. O mesmo vale para pessoas com muitas pintas, ainda que desde a infância.