Atividades no Centro de Eventos celebram Dia da Consciência Negra

Para marcar o Dia da Consciência Negra, a Anpir preparou uma série de atividades para hoje, dentro da programação iniciada anteontem e que vai até sábado. As atrações de hoje acontecem no Centro de Eventos de Paranavaí, a partir das 15h30. A entrada é franca.
Conforme a programação. Às 15h30 haverá apresentação de dança por alunos da Escola Estadual Curitiba, seguida de filmes e exposições de artesãos afro-brasileiros. Às 19 horas acontece a apresentação do músico Erasmo Filho, seguida de palestra com o Sheik Caido Bashir Mudera.
Após a palestra haverá declamação de poesias com a professora Maria Aparecida Santos Souza, Grupo Guerreiros de Aruanda (capoeira). Conforme a programação, às 21 horas será feito o Desfile Beleza Negra, precedido de Hip Hop, cabelaço Cleuza Brechó, apresentações do CEEBJA Paranavaí, apresentação de cartazes e máscaras pelo Colégio Sílvio Vidal.
Também para hoje à noite, amostra de filmes pelo Cecap, Semana Cultural pelo Colégio Lysimaco da Costa, de Paranapoema. Finalizando, palestra e mural Grêmio e Colégio Estadual Barão do Rio Branco, de Inajá.
HISTÓRIA – No dia 20 de novembro comemora-se o Dia Nacional da Consciência Negra, em homenagem à morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, na então Capitania de Pernambuco, hoje Estado de Alagoas.
O quilombo era uma localidade situada na Serra da Barriga, onde escravos se refugiavam. Com o passar dos anos, chegou a atingir uma população de vinte mil habitantes, em razão do aumento das fugas dos escravos.
Os escravos serviam para fazer os trabalhos pesados que o homem branco não realizava. Sofriam castigos físicos, ficavam muitas vezes sem água e sem comida, suas casas eram as senzalas, onde dormiam no chão de terra batida.
Muitas pessoas eram contra essa forma de tratar os negros e várias tentativas aconteceram ao longo da história para defender seus direitos. Em 1871 a Lei do Ventre Livre libertou os filhos de escravos que ainda iriam nascer; em 1885 a Lei dos Sexagenários deu direito à liberdade aos escravos com mais de sessenta anos.
Mas Princesa Isabel foi a responsável pela libertação dos escravos, quando assinou a Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, dando-os direito de ir embora das fazendas em que trabalhavam ou de continuar morando com seus patrões, como empregados e não mais como escravos.
O Dia da Consciência Negra é uma forma de lembrar o sofrimento dos negros ao longo da história, desde a época da colonização do Brasil, tentando garantir seus direitos sociais.
Hoje temos várias leis que defendem esses direitos, como a de cotas nas universidades, pois acredita-se que, em razão dos negros terem sido marginalizados após o período de escravidão, não conseguiram conquistar os mesmos espaços de trabalho que o homem branco.
Na época da escravidão os negros não tinham direito ao estudo ou a aprender outros tipos de trabalho que não fossem os braçais, ficando presos a esse tipo de tarefa.
Muitos deles, estando libertos, continuaram na mesma vida por não terem condições de se sustentar.
O Dia da Consciência Negra é marcado pela luta contra o preconceito racial, contra a inferioridade da classe perante a sociedade. Além desses assuntos, enfatizam sobre o respeito enquanto pessoas humanas, além de discutir e trabalhar para conscientizar as pessoas da importância da raça negra e de sua cultura na formação do povo brasileiro e da cultura do nosso país.
(Extraído de www.brasilescola.com – pedagoga Jussara de Barros)