Aulas na Unespar recomeçam na segunda-feira
Funcionários e professores da Universidade Estadual do Paraná – Unespar, incluindo o campus de Paranavaí (Fafipa), decidiram retomar as atividades a partir de ontem. A assembleia, anteontem à noite e simultânea em todos os campi, definiu também que as aulas voltam na próxima segunda-feira.
O professor Renan Bandeirante Araújo, integrante do Comando de Greve, confirma o fim da paralisação. Ele aproveita para enumerar o que considera conquistas das universidades, muito além da questão salarial.
Com o fim da paralisação, os campi deverão elaborar internamente o novo calendário. O pró-reitor vai ouvir os campi e, a partir daí, formalizar a proposta, submetida posteriormente ao Conselho de Ensino e Extensão das universidades.
Este debate acontece simultaneamente à retomada da rotina acadêmica, com os alunos voltando às salas de aulas na próxima semana. “Cada campus tem as suas particularidades”, adverte.
Ele também explica que não deve haver prejuízos para os estudantes e que haverá tempo para os formandos completarem seus cursos sem grandes problemas.
A greve se deu em duas etapas. O ano começou com a universidade sem aulas, o que foi retomado pouco tempo depois. Na sequência, a mobilização mais uma vez paralisou as aulas, em março. Foram cerca de 30 dias letivos.
DEFESA DAS UNIVERSIDADES – Araújo avalia que a greve foi além da questão salarial. Ela fez a defesa da universidade pública, com avanços concretos por conta da mobilização. Um deles é a retirada do chamado Meta Quatro, o regime único de contabilidade. Para o movimento, um formato que tira a autonomia universitária. Essa modelo caiu.
Ele defende ainda que a reivindicação garantiu a contratação de professores e agentes, cujos processos estão concluídos e que estavam parados por determinação do Governo.
Por fim, um ponto determinante: Araújo cita necessidade de o Governo deixar de ver as universidades como custo, mas como investimento, o que implica em ensino e pesquisa, mas também em infraestrutura e novas contratações.
Politicamente a greve também teve resultado, fala o professor. Ela mostrou que os governantes não podem fazer as coisas da maneira que quiserem. Citou o que classifica de manobra para se apoderar dos recursos do Paraná Previdência e não repasse da inflação aos salários dos servidores, direito constitucional.
Com a mobilização, os funcionários conseguiram um meio termo, com reposição gradual de parte das perdas até 2018. Araújo questiona critérios diferentes para outros servidores, como do Judiciário e da Assembleia Legislativa, que obtiveram o repasse integral da inflação – 8,17%.
OS ESTUDANTES – Na semana que passou o presidente do Diretório Central dos Estudantes – DCE – Vítor Hugo Chab, confirmou que os acadêmicos estavam apreensivos com o prolongamento da greve. Mas, entende que o movimento foi uma forma legítima de mostrar o descontentamento com as ações do Governo.
Ele adiantou ser contrário à reposição de aulas aos sábados e defende um calendário que seja construído a partir do diálogo. No final de semana há dificuldade de transporte, sobretudo, de quem depende dos serviços privados, pondera. A Universidade atende demanda regional do Noroeste do Paraná, além do Oeste de São Paulo e Sul do Mato Grosso do Sul.
IMPORTÂNCIA DA UNESPAR – A Unespar é a terceira maior universidade mantida pelo Governo do Paraná em número de estudantes. São 12.600 alunos (cerca de 2.300 em Paranavaí), 800 professores e 260 agentes universitários. A instituição conta com 70 cursos de graduação (11 em Paranavaí) distribuídos em 16 Centros de Área e 36 cursos de especialização, e dois mestrados.
Além da antiga Fafipa, as faculdades estaduais que formam a Unespar são: Escola de Música e Belas Artes do Paraná, Faculdade de Artes do Paraná, Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão, Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana, Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá, Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória, além da Escola de Segurança Pública.
O professor Renan Bandeirante Araújo, integrante do Comando de Greve, confirma o fim da paralisação. Ele aproveita para enumerar o que considera conquistas das universidades, muito além da questão salarial.
Com o fim da paralisação, os campi deverão elaborar internamente o novo calendário. O pró-reitor vai ouvir os campi e, a partir daí, formalizar a proposta, submetida posteriormente ao Conselho de Ensino e Extensão das universidades.
Este debate acontece simultaneamente à retomada da rotina acadêmica, com os alunos voltando às salas de aulas na próxima semana. “Cada campus tem as suas particularidades”, adverte.
Ele também explica que não deve haver prejuízos para os estudantes e que haverá tempo para os formandos completarem seus cursos sem grandes problemas.
A greve se deu em duas etapas. O ano começou com a universidade sem aulas, o que foi retomado pouco tempo depois. Na sequência, a mobilização mais uma vez paralisou as aulas, em março. Foram cerca de 30 dias letivos.
DEFESA DAS UNIVERSIDADES – Araújo avalia que a greve foi além da questão salarial. Ela fez a defesa da universidade pública, com avanços concretos por conta da mobilização. Um deles é a retirada do chamado Meta Quatro, o regime único de contabilidade. Para o movimento, um formato que tira a autonomia universitária. Essa modelo caiu.
Ele defende ainda que a reivindicação garantiu a contratação de professores e agentes, cujos processos estão concluídos e que estavam parados por determinação do Governo.
Por fim, um ponto determinante: Araújo cita necessidade de o Governo deixar de ver as universidades como custo, mas como investimento, o que implica em ensino e pesquisa, mas também em infraestrutura e novas contratações.
Politicamente a greve também teve resultado, fala o professor. Ela mostrou que os governantes não podem fazer as coisas da maneira que quiserem. Citou o que classifica de manobra para se apoderar dos recursos do Paraná Previdência e não repasse da inflação aos salários dos servidores, direito constitucional.
Com a mobilização, os funcionários conseguiram um meio termo, com reposição gradual de parte das perdas até 2018. Araújo questiona critérios diferentes para outros servidores, como do Judiciário e da Assembleia Legislativa, que obtiveram o repasse integral da inflação – 8,17%.
OS ESTUDANTES – Na semana que passou o presidente do Diretório Central dos Estudantes – DCE – Vítor Hugo Chab, confirmou que os acadêmicos estavam apreensivos com o prolongamento da greve. Mas, entende que o movimento foi uma forma legítima de mostrar o descontentamento com as ações do Governo.
Ele adiantou ser contrário à reposição de aulas aos sábados e defende um calendário que seja construído a partir do diálogo. No final de semana há dificuldade de transporte, sobretudo, de quem depende dos serviços privados, pondera. A Universidade atende demanda regional do Noroeste do Paraná, além do Oeste de São Paulo e Sul do Mato Grosso do Sul.
IMPORTÂNCIA DA UNESPAR – A Unespar é a terceira maior universidade mantida pelo Governo do Paraná em número de estudantes. São 12.600 alunos (cerca de 2.300 em Paranavaí), 800 professores e 260 agentes universitários. A instituição conta com 70 cursos de graduação (11 em Paranavaí) distribuídos em 16 Centros de Área e 36 cursos de especialização, e dois mestrados.
Além da antiga Fafipa, as faculdades estaduais que formam a Unespar são: Escola de Música e Belas Artes do Paraná, Faculdade de Artes do Paraná, Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão, Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana, Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá, Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória, além da Escola de Segurança Pública.