AUTORRENÚNCIA
A democracia tem como princípio a autoafirmação do eu, do ego. Por isso, difere do princípio do budismo Hinayana, que é a anulação do eu. Não devemos renunciar incondicionalmente ao eu em favor de outros egos que tenta nos dominar.
Existe no budismo uma parábola que valoriza a oferenda desprendida e indiscriminada, dizendo “A quem deseja os olhos, ofereça-lhe os olhos; a quem deseja os braços, ofereça-lhes os braços; a quem deseja o cérebro e a medula, ofereça-lhe o cérebro e a medula”.
Entretanto, esse modo indiscriminado de oferecer pode resultar em renúncia do eu em prol de desejos egoísticos dos outros, não sendo a anulação total do ego em favor da natureza divina.
O eu deve continuar sendo sempre o eu. Ou seja, o nosso ego pessoal deve ser sempre diferenciado de outros egos pessoais. Temos de ser assim porque, uma vez que Deus nos colocou no mundo cada qual com diferentes características, têm uma missão específica que não pode ser transferida a outras pessoas.
Cada um de nós deve estabelecer firmemente o eu como um ser ativo, e não se tornar um ser débil diante das tentações e pressões de outros egos. Uma personalidade fraca que não tem o eu firmemente estabelecido corre o risco de ser dominada pela investida de alguém dotado de forte personalidade.
Foi por essa razão que, desde a antiguidade, muitas mulheres cometeram pecado caindo na sedução dos homens, como também os homens colaboraram com a Segunda Grande Guerra seguindo Hitler ou o general Tôko, porque foram completamente subjugados pela personalidade dominadora deles. Temos de nos destituir do ego, ser abnegados e frágeis somente em prol de Deus.
Quando Paulo disse “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”, ele não se rendeu incondicionalmente a um interesse pessoal de alguém, mas renunciou ao seu ego unicamente por Deus, por Cristo.
Devemos renunciar ao nosso ego e nos entregar totalmente a Deus, mas isso não significa que devemos fazer o mesmo em relação ao ego das outras pessoas, e isto é a Verdade. Antes, pelo contrário, é nosso dever perante Deus desenvolver a força autônoma do nosso ego e o caráter especial, diferente dos demais, que Deus nos concedeu.
Devemos possuir um forte caráter que nenhuma força mental (ondas espirituais emitidas pelos mortos, ou palavras e pensamentos de pessoas vivas) consiga exercer influência sobre nós. Devemos manter firmemente a nossa total liberdade, a autonomia de ser dono de nós mesmos e o caráter pessoal único de cada um.
Se não assegurarmos desse modo a nossa liberdade individual e autônoma, de seres humanos nos reduziremos a pobres animais destituídos de caráter, personalidade e talento especial, dominados por alguém que possua forte ego (um ego violento sem vínculo algum com Deus).
Desse modo, não estaremos nos autorrenunciando para vivenciar Deus, mas simplesmente nos submetendo ao ego violento de alguém e correndo o risco de perder a autonomia da nossa vida.
Fonte: Livro “Reconstruindo a Vida Humana” – autor Massaharu Taniguchi, pp. 187 – 188
Existe no budismo uma parábola que valoriza a oferenda desprendida e indiscriminada, dizendo “A quem deseja os olhos, ofereça-lhe os olhos; a quem deseja os braços, ofereça-lhes os braços; a quem deseja o cérebro e a medula, ofereça-lhe o cérebro e a medula”.
Entretanto, esse modo indiscriminado de oferecer pode resultar em renúncia do eu em prol de desejos egoísticos dos outros, não sendo a anulação total do ego em favor da natureza divina.
O eu deve continuar sendo sempre o eu. Ou seja, o nosso ego pessoal deve ser sempre diferenciado de outros egos pessoais. Temos de ser assim porque, uma vez que Deus nos colocou no mundo cada qual com diferentes características, têm uma missão específica que não pode ser transferida a outras pessoas.
Cada um de nós deve estabelecer firmemente o eu como um ser ativo, e não se tornar um ser débil diante das tentações e pressões de outros egos. Uma personalidade fraca que não tem o eu firmemente estabelecido corre o risco de ser dominada pela investida de alguém dotado de forte personalidade.
Foi por essa razão que, desde a antiguidade, muitas mulheres cometeram pecado caindo na sedução dos homens, como também os homens colaboraram com a Segunda Grande Guerra seguindo Hitler ou o general Tôko, porque foram completamente subjugados pela personalidade dominadora deles. Temos de nos destituir do ego, ser abnegados e frágeis somente em prol de Deus.
Quando Paulo disse “Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”, ele não se rendeu incondicionalmente a um interesse pessoal de alguém, mas renunciou ao seu ego unicamente por Deus, por Cristo.
Devemos renunciar ao nosso ego e nos entregar totalmente a Deus, mas isso não significa que devemos fazer o mesmo em relação ao ego das outras pessoas, e isto é a Verdade. Antes, pelo contrário, é nosso dever perante Deus desenvolver a força autônoma do nosso ego e o caráter especial, diferente dos demais, que Deus nos concedeu.
Devemos possuir um forte caráter que nenhuma força mental (ondas espirituais emitidas pelos mortos, ou palavras e pensamentos de pessoas vivas) consiga exercer influência sobre nós. Devemos manter firmemente a nossa total liberdade, a autonomia de ser dono de nós mesmos e o caráter pessoal único de cada um.
Se não assegurarmos desse modo a nossa liberdade individual e autônoma, de seres humanos nos reduziremos a pobres animais destituídos de caráter, personalidade e talento especial, dominados por alguém que possua forte ego (um ego violento sem vínculo algum com Deus).
Desse modo, não estaremos nos autorrenunciando para vivenciar Deus, mas simplesmente nos submetendo ao ego violento de alguém e correndo o risco de perder a autonomia da nossa vida.
Fonte: Livro “Reconstruindo a Vida Humana” – autor Massaharu Taniguchi, pp. 187 – 188
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