Autoridades prometem discussões contínuas sobre segurança pública

A morte do entregador de bebidas Antônio Yoshihiro Ishiroko, 58 anos, na última segunda-feira, provocou uma verdadeira comoção social. A população de Paranavaí quer soluções rápidas para os problemas de segurança pública, sobretudo roubos com uso de armas de fogo, e cobra respostas das autoridades.
De acordo com o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (Aciap), Guto Costa, moradores, comerciantes e a comunidade religiosa já falam em organizar manifestações pelas ruas da cidade.
Costa citou um exemplo da preocupação que tomou conta de Paranavaí. “Fui procurado por donos de postos de combustíveis que estão com medo da criminalidade”. E continuou: “Não podemos deixar que essa onda de assaltos manche a imagem de nossa cidade”.
As afirmações foram feitas na manhã de ontem, em reunião realizada na sede da Aciap. Na ocasião, lideranças de diferentes setores da sociedade civil e representantes do poder público discutiram o assunto e prometeram novos encontros para, juntos, encontrarem as soluções tão esperadas pelos paranavaienses.
POLICIAMENTO – O major Ademar Carlos Paschoal, que responde pelo comando do 8º Batalhão de Polícia Militar de Paranavaí, afirmou que os policiais estão nas ruas fazendo abordagens e trabalhando para prevenir os crimes. Segundo ele, em dois dias foram feitas sete prisões, graças à realização de blitze por toda a cidade.
Paschoal disse que há “muitas pessoas armadas, muitos marginais” circulando pelas ruas e planejando assaltos. “A gente precisa fazer algo para mudar isso”. E foi exatamente um desses crimes, na última segunda-feira, que fez do entregador de bebidas vítima de latrocínio, que é o roubo seguido de morte.
NOVIDADE – O deputado estadual Antônio Teruo Kato aproveitou a oportunidade para dizer que está certa a vinda de um delegado operacional para a 8ª Subdivisão de Polícia Civil de Paranavaí. O último que desenvolveu este trabalho foi Carlos Henrique Rossato Gomes, transferido em setembro do ano passado.
CÂMERAS – O prefeito Rogério Lorenzetti falou sobre os investimentos feitos em Paranavaí para aumentar a segurança dos moradores. Um deles resultou na aquisição de câmeras de monitoramento, espalhadas pela cidade. Das 23 que foram compradas, 22 estão em funcionamento e uma precisa de reparos.
Ele avaliou: “A gente nota que não está sendo aproveitado todo o potencial das câmeras de segurança, mas já determinei que sejam feitas as manutenções necessárias no equipamento”. Afinal, disse Lorenzetti, o videomonitoramento inibe as ações dos criminosos.
PROJETOS – O delegado chefe Luiz Carlos Manica, que assumiu a 8ª SDP na última quarta-feira, disse que tem projetos para aproximar população e polícia. Ele argumentou que quando as pessoas se sentem valorizadas pelos policiais, têm confiança e passam a cooperar de forma mais incisiva com as investigações.
PARTICIPAÇÃO – Sobre o assunto, o major Ademar Carlos Paschoal ressaltou que os moradores precisam fazer denúncias, ligando para 190 ou 181, para que os trabalhos de investigação sejam mais rápidos. “Todas as pistas são importantes”, disse.
DENGUE – O prefeito Rogério Lorenzetti comparou a onda de insegurança à epidemia de dengue enfrentada por Paranavaí no ano passado. Na opinião dele, a população também deveria se mobilizar para prevenir a doença, porque “o resultado é o mesmo: as pessoas morrem”.