Bancários admitem possibilidade de greve
As negociações da campanha salarial 2013 estão no começo, porém, apesar de ainda prematuro, há possibilidade de nova greve dos bancários no mês de setembro, mês da data-base da categoria, como admite o presidente do Sindicato dos Bancários, Neil Emídio Júnior.
A “sensação” descrita pelo sindicalista tem como referência a negativa patronal em todos os tópicos abordados nas primeiras rodadas, incluindo segurança, saúde e condições de trabalho.
O movimento sindical entende que há condições do setor investir nestes temas, lembrando o lucro dos principais bancos privados do país que atingiram R$ 8 bi e R$ 6 bi no primeiro semestre de 2013.
Violência contra bancários e faltas por causa de doenças em decorrência do exercício da profissão, estão no foco das preocupações. Emídio Júnior disse que a segurança tem preocupado em todo o Brasil. Na região não é diferente, analisa, lembrando assaltos violentos em Paranavaí e Colorado. A categoria quer que funcionários não sejam mais responsáveis por chaves de cofres, o que dá margem para ações criminosas.
Segundo o sindicalista, há tecnologia para que os cofres sejam controlados por uma central, sem expor o profissional. Outra questão de segurança, analisa, é o transporte de valores por parte de funcionários. Ele adverte que tal prática é proibida por convenção, mas ainda é vista em larga escala.
Um terceiro pleito de segurança é o fim do transporte de valores em horário de expediente. A chegada de dinheiro nas agências, ainda que feita por seguranças especializados, coloca em risco funcionários e clientes, pondera. O ideal é que tudo seja feito em horários alternativos em relação ao expediente.
Na saúde, outras preocupações. Apenas no primeiro trimestre deste ano 4.388 bancários foram afastados das suas funções, a maioria por doenças do trabalho. No ano de 2012 foram 21.444 afastamentos.
Conforme Emídio Júnior, 25,7% desses afastamentos foram por depressão, stress e outras doenças típicas da pressão do trabalho, o que inclui metas abusivas, entre outros. Parte da categoria tem apenas 15 minutos de almoço. Isso provoca doenças, já que os profissionais se alimentam de forma precária e muito rápida. Ele considera o cenário grave, já que essas doenças só perdem estatisticamente em termos de afastamento para as chamadas doenças por reforços repetitivos (DORT/LER), hoje respondendo por 27% dos problemas de saúde que geram faltas ao trabalho.
AUMENTO SALARIAL – Nesta semana haverá nova reunião, desta vez para debater o tema “emprego”. Após, virão as chamadas cláusulas econômicas. Os bancários querem aumento de 5% acima da inflação, o que daria reajuste na casa de 12%.
Emídio Júnior diz que uma eventual possibilidade de greve será debatida em assembleia pela categoria a partir do mês de setembro. Ele faz uma defesa prévia, dizendo que a paralisação, caso haja, será de responsabilidade dos bancos, pois os mesmos não têm demonstrado vontade de negociar.
A “sensação” descrita pelo sindicalista tem como referência a negativa patronal em todos os tópicos abordados nas primeiras rodadas, incluindo segurança, saúde e condições de trabalho.
O movimento sindical entende que há condições do setor investir nestes temas, lembrando o lucro dos principais bancos privados do país que atingiram R$ 8 bi e R$ 6 bi no primeiro semestre de 2013.
Violência contra bancários e faltas por causa de doenças em decorrência do exercício da profissão, estão no foco das preocupações. Emídio Júnior disse que a segurança tem preocupado em todo o Brasil. Na região não é diferente, analisa, lembrando assaltos violentos em Paranavaí e Colorado. A categoria quer que funcionários não sejam mais responsáveis por chaves de cofres, o que dá margem para ações criminosas.
Segundo o sindicalista, há tecnologia para que os cofres sejam controlados por uma central, sem expor o profissional. Outra questão de segurança, analisa, é o transporte de valores por parte de funcionários. Ele adverte que tal prática é proibida por convenção, mas ainda é vista em larga escala.
Um terceiro pleito de segurança é o fim do transporte de valores em horário de expediente. A chegada de dinheiro nas agências, ainda que feita por seguranças especializados, coloca em risco funcionários e clientes, pondera. O ideal é que tudo seja feito em horários alternativos em relação ao expediente.
Na saúde, outras preocupações. Apenas no primeiro trimestre deste ano 4.388 bancários foram afastados das suas funções, a maioria por doenças do trabalho. No ano de 2012 foram 21.444 afastamentos.
Conforme Emídio Júnior, 25,7% desses afastamentos foram por depressão, stress e outras doenças típicas da pressão do trabalho, o que inclui metas abusivas, entre outros. Parte da categoria tem apenas 15 minutos de almoço. Isso provoca doenças, já que os profissionais se alimentam de forma precária e muito rápida. Ele considera o cenário grave, já que essas doenças só perdem estatisticamente em termos de afastamento para as chamadas doenças por reforços repetitivos (DORT/LER), hoje respondendo por 27% dos problemas de saúde que geram faltas ao trabalho.
AUMENTO SALARIAL – Nesta semana haverá nova reunião, desta vez para debater o tema “emprego”. Após, virão as chamadas cláusulas econômicas. Os bancários querem aumento de 5% acima da inflação, o que daria reajuste na casa de 12%.
Emídio Júnior diz que uma eventual possibilidade de greve será debatida em assembleia pela categoria a partir do mês de setembro. Ele faz uma defesa prévia, dizendo que a paralisação, caso haja, será de responsabilidade dos bancos, pois os mesmos não têm demonstrado vontade de negociar.