Bauza não resiste no comando da Argentina

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Edgardo Bauza, 59, foi o homem errado na hora errada. Demitido nesta segunda (10), assumiu a seleção argentina em agosto de 2016 quando não era o preferido. Caiu por causa dos resultados, mas também por ter sido envolvido em uma briga de poder na AFA (Associação de Futebol Argentino).
A multa rescisória do ex-técnico do São Paulo é de  R$ 8 milhões. Dinheiro que a associação, em crise, não tem no momento. Ele sai com a Argentina na quinta posição das eliminatórias para a Copa de 2018, o que colocaria a equipe para disputar a repescagem contra um adversário da Oceania.
O futebol apresentado pela seleção comandada pelo técnico conhecido como "Patón", decepcionou. Ele caiu após a derrota por 2 a 0 diante da Bolívia, em La Paz, em 28 de março.
Antes disso, já havia irritado imprensa, torcida e dirigentes ao defender que a Argentina havia feito uma partida "brilhante" diante do Chile, quando venceu por 1 a 0 jogando mal e graças a um gol de pênalti de Messi.
O técnico foi contratado por uma junta diretiva estabelecida após a morte de Julio Grondona, que controlou com mão de ferro o futebol do país entre 1979 e 2014.
Após a eleição de Claudio "Chiqui" Tapia, em março, o novo presidente disse: "Não fui eu quem escolheu Patón", deixando claro sua posição sobre o técnico.
Na quinta (13), Tapia e Marcelo Tinelli, responsável pela seleção, embarcam para a Espanha. Primeiro vão conversar com Diego Simeone, técnico do Atlético de Madri. A possibilidade de que o ex-volante aceite o cargo é remota, e os próprios dirigentes sabem disso.
Depois de ouvirem um "não", vão para a próxima opção: Jorge Sampaoli, treinador do Sevilla e preferido para assumir o cargo em 2016, quando Bauza foi contratado.