Bazar vendeu 75% do material feito pelos presos
No último sábado o Conselho da Comunidade da Comarca (CCC) promoveu um bazar para venda de tapetes, toalhas de mesa e outras peças em barbante, confeccionadas pelos detentos da Cadeia Pública de Paranavaí.
O resultado foi duplamente satisfatório, pois foram comercializados 75% de todo o material disponível. Além, disso, o Conselho pôde divulgar o projeto e mostrar à comunidade o trabalho feito pelos detentos.
Diretora executiva do Conselho, Dheymezangela Belizário detalha que a feira levou informações a muitas pessoas que desconheciam as condições dos detentos e a atuação do CCC.
A feira no calçadão da Rua Souza Naves também abriu oportunidade para quem não conseguiu adquirir os produtos neste dia.
Isto porque o Conselho está expondo os itens que ainda restam em um espaço na sede da Aciap (Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí). Sem contar que os voluntários vão montar uma página no Facebook, ofertando a produção dos detentos.
Todo dinheiro arrecadado é revertido à compra de matéria-prima para que possam continuar a produção.
PROJETO – Atualmente a opção de fazer artesanato em barbante (linha) é oferecida a todos os mais de 300 presos da Cadeia Pública de Paranavaí.
Para os presos a primeira vantagem direta é a redução da pena, na proporção de um dia a menos de cadeia para cada três dias trabalhados (chamada remissão de pena). Outro ponto positivo é que a renda do trabalho vai diretamente para as famílias, ajudando no sustento.
Dheymezangela lembra que há um terceiro componente igualmente importante: manter uma ocupação e desta forma abrir oportunidade de se reinserir na sociedade após o cumprimento da pena. Sem contar que, como testemunham os agentes penitenciários, presos que trabalham são mais calmos.
O projeto do Conselho beneficia diretamente cerca de 45 presos. No entanto, outros cerca de 150 também trabalham com artesanato, mas, contando com uma assistência direta da família, que leva a matéria-prima para que possam confeccionar os itens. Para participar, basta o preso manifestar a vontade para a equipe de agentes.