Bispos dizem “que a Argentina está doente com violência”
BUENOS AIRES – Um documento da conferência episcopal da Argentina sobre violência no país intensificou a discussão no país e fez com que a participação da Igreja durante o último período ditatorial, entre 1976 e 1983, fosse lembrada.
No documento "Felizes os que Trabalham pela Paz", divulgado pela Igreja, está escrito que os bispos constatam "com dor e preocupação que a Argentina está doente com violência".
O texto afirma que os delitos "não só aumentaram em quantidade, mas também em agressividade".
A oposição usa frequentemente o tema da segurança pública para criticar o governo Kirchner.
Em uma pesquisa divulgada anteontem pelo jornal "Perfil", a insegurança aparece como o principal problema que os argentinos enfrentam. Entre mil consultados, 900 disseram que trata-se da maior questão (em segundo aparece a inflação; com 700 -era permitido citar mais de uma insatisfação).
No sábado, a presidente Cristina Kirchner fez uma menção pública ao texto da igreja. Ela disse que os jornais argentinos interpretaram o texto para que os leitores pensem que a violência está descontrolada.
"Eu vi a capa dos jornais e alguém dizia que hoje a Argentina é violenta. Eu me dei conta de que queriam reeditar velhos confrontos", afirmou.
Cristina deu essa declaração em uma circunstância específica: durante a inauguração de um monumento a um padre assassinado há 40 anos. Na época, a Argentina vivia uma ditadura militar e a organização equivalente ao Comando de Caça aos Comunistas matou o religioso Carlos Mugica, que atuava em favelas.
A líder da associação de avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, se queixou que a Igreja "não disse nada quando a ditadura sequestrava tanta gente, mas agora se assustam porque tem violência"
LINCHAMENTOS – O monsenhor José Maria Arancedo respondeu que "ninguém pode negar que haja violência na Argentina (…), isso faz com que as pessoas tenham medo de ir para a rua".
A associação de empresários cristãos apoiou o texto da Igreja. O presidente do grupo, Juan Pablo Simón Padrós, disse que os empresários irão centralizar todos seus esforços "para conseguir chegar a uma sociedade sem violência".
O texto da Igreja faz referência aos linchamentos que aconteceram no mês passado. "A reiteração dessas situações alimenta na população a raiva e a indignação, que de nenhuma maneira justificam responsas vingativas ou da mal chamada ‘justiça pelas próprias mãos’".
No documento "Felizes os que Trabalham pela Paz", divulgado pela Igreja, está escrito que os bispos constatam "com dor e preocupação que a Argentina está doente com violência".
O texto afirma que os delitos "não só aumentaram em quantidade, mas também em agressividade".
A oposição usa frequentemente o tema da segurança pública para criticar o governo Kirchner.
Em uma pesquisa divulgada anteontem pelo jornal "Perfil", a insegurança aparece como o principal problema que os argentinos enfrentam. Entre mil consultados, 900 disseram que trata-se da maior questão (em segundo aparece a inflação; com 700 -era permitido citar mais de uma insatisfação).
No sábado, a presidente Cristina Kirchner fez uma menção pública ao texto da igreja. Ela disse que os jornais argentinos interpretaram o texto para que os leitores pensem que a violência está descontrolada.
"Eu vi a capa dos jornais e alguém dizia que hoje a Argentina é violenta. Eu me dei conta de que queriam reeditar velhos confrontos", afirmou.
Cristina deu essa declaração em uma circunstância específica: durante a inauguração de um monumento a um padre assassinado há 40 anos. Na época, a Argentina vivia uma ditadura militar e a organização equivalente ao Comando de Caça aos Comunistas matou o religioso Carlos Mugica, que atuava em favelas.
A líder da associação de avós da Praça de Maio, Estela de Carlotto, se queixou que a Igreja "não disse nada quando a ditadura sequestrava tanta gente, mas agora se assustam porque tem violência"
LINCHAMENTOS – O monsenhor José Maria Arancedo respondeu que "ninguém pode negar que haja violência na Argentina (…), isso faz com que as pessoas tenham medo de ir para a rua".
A associação de empresários cristãos apoiou o texto da Igreja. O presidente do grupo, Juan Pablo Simón Padrós, disse que os empresários irão centralizar todos seus esforços "para conseguir chegar a uma sociedade sem violência".
O texto da Igreja faz referência aos linchamentos que aconteceram no mês passado. "A reiteração dessas situações alimenta na população a raiva e a indignação, que de nenhuma maneira justificam responsas vingativas ou da mal chamada ‘justiça pelas próprias mãos’".